Se até Nelson Piquet afirmou, na entrevista oficial da FIA com os pilotos no pódio, que o GP Brasil de F1 foi a corrida mais emocionante que ele viu na categoria, só posso acrescentar: foi um final merecido para uma temporada sensacional.
Assim como em 2008, Interlagos mostrou ser um palco perfeito para uma decisão eletrizante. Os estrangeiros até exageravam na sala de imprensa: todas as decisões da F1 deveriam ser disputadas no circuito paulista.
Assim como naquela corrida histórica, em que Felipe Massa foi campeão por 38 segundos e Lewis Hamilton garantiu o título por um ponto com uma ultrapassagem na última curva, a edição de 2012 foi digna de cinema. Aliás, fosse um roteiro de Hollywood, muita gente acreditaria que os elementos dramáticos seriam "forçados".
Vettel ficou sem rádio, bateu na primeira volta, caiu para último, teve sua Red Bull afetada pela pancada, errou na estratégia de pneus e teve problemas no pit stop. O sexto lugar veio na corrida mais sofrida de sua carreira, como admitiu depois aos jornalistas em Interlagos.
Mas não foi apenas pela garra mostrada no GP de ontem que o alemão fez por merecer seu tricampeonato. O jovem piloto soube coletar pontos no começo do ano mesmo sofrendo com um carro instável, no qual ele não permitia que fizesse seus "truques", como definiu em suas palavras.
Quando a Red Bull soube minimizar a perda da proibição dos difusores aquecidos (seu grande diferencial em 2011 e vetado no regulamento deste ano), Vettel venceu quatro corridas seguidas, em Cingapura, Japão, Coreia e Índia. Com estes 100 pontos, desequilibrou o campeonato até então marcado pela atuação brilhante de Alonso.
Os dois seriam campeões justos: o espanhol acredita que em 2012 foi seu melhor ano na F1 (melhor até que os anos de seus dois títulos). Mas a Era Vettel, que em 2010 parecia uma hipótese, é hoje uma realidade.
Este foi o ano dos oito vencedores diferentes, da reação de Massa no final do ano, dos rádios hilários de Raikkonen, de muitas histórias marcantes. E talvez nada seja mais simbólico que o terceiro título de Vettel tenha vindo justamente na corrida de aposentadoria definitiva de Schumacher. O atual gênio alemão merece reinar sozinho.
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