Tricolor pede bandagem ao rival
O péssimo momento financeiro vivido pelo Paraná fez o clube passar vergonha na Baixada, no clássico com o Atlético. Durante o confronto, o médico paranista teve de pedir bandagem ao time rival. A explicação para o pedido dá o tom do drama vivido na Vila Capanema. O estoque do produto, que é elástico e usado para evitar lesões no tornozelo, acabou porque o departamento financeiro do clube considerou o valor muito alto e cancelou o fornecimento do material. Cada bandagem custa cerca de R$ 40. Os atletas usam uma unidade do produto para cada vez que vão a campo em treinos e jogos.
Gilberto Pereira foi acionado
Apesar de a diretoria do Paraná manter Roberto Cavalo no comando técnico, nos bastidores uma lista de substitutos chegou a ser formulada pelo clube.
Ao mesmo tempo em que os jogadores do Paraná batem cabeça em campo, a situação fora dele é ainda mais complicada. O planejamento apresentado no início da temporada já previa momentos turbulentos no Paranaense e a situação de Roberto Cavalo esteve aparentemente insustentável após a goleada sofrida para o Atlético no domingo (5 a 1), mas o treinador, apesar das pressões contrárias, ainda mantém algum crédito com o mandatário do clube.
O presidente Aquilino Romani, que bancou o treinador até agora, assumiu a responsabilidade e garantiu a continuidade de Cavalo no banco de reservas, pelo menos até a partida amanhã diante do Operário. "Temos um projeto e ele faz parte dele", afirmou à reportagem já na noite de ontem.
A decisão de Romani, entretanto, criou um desconforto com o vice-presidente de futebol, Paulo César Silva, que já demonstrara clara insatisfação com o atual treinador. "O presidente não me comunicou e vou ter de aguardar. Ele pode garantir que o Cavalo vai ficar, mas não pode garantir que o vice-presidente vai ficar", ameaçou Paulão, adiantando que pode realmente ter perdido a queda de braço.
O dirigente foi ainda mais longe e disparou contra o restante da diretoria, que segundo ele, não tem conhecimento do que se passa com o time. "Eu vou à Vila e sei o que está acontecendo. Os outros diretores sabem?", indagou. A reunião que definiria o futuro de Cavalo, prevista para ontem, não ocorreu. Hoje, porém, presidente e vice devem se encontrar para tentar resolver as divergências de opinião.
O treinador, personagem central da discórdia, também não faz questão de esconder sua insatisfação com a forma como as decisões têm sido tomadas na Vila Capanema, alegando até sofrer pressão de diretores na escalação do time.
Na semana passada, Cavalo afirmou ter ficado surpreso com a presença do zagueiro Diego, que apareceu para treinar sem seu conhecimento. Além disso, ele deu a entender que mesmo acima do peso e sem ritmo de jogo alguns jogadores podem pintar no jogo de amanhã sem o seu aval.
O caos do Paraná fora de campo é tão sensível que há jogador dispensado reclamando fortemente da diretoria de que não teria sido cumprido o compromisso assumido no início do ano. Transitando pela Vila Capanema, o atleta que pediu para não ser identificado reclamou que não sabe como está a sua situação no clube, pois depois de ser afastado recebeu o pedido para voltar aos treinamentos. Porém, quando foi trabalhar, não havia uniforme separado para ele.
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