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Está decidido e ponto final. O Coritiba adquiriu o direito de enfrentar o Atlético nas partidas finais do campeonato. O campeão só poderia ser um dos dois rivais. Foram os mais regulares da competição. Nos dois turnos, somados os pontos, o Coritiba foi superior ao adversário. Este dado garante ao Alviverde o direito de fazer o segundo jogo no Couto Pereira.

Uma boa vantagem. No Alto da Glória os coritibanos serão majoritariamente mais encorpados, colocando, ao menos, 25 mil torcedores. No Durival Britto o mandante Atlético contará com o apoio de 15 mil simpatizantes. São as regras do regulamento e da capacidade dos dois cenários dos clássicos que indicarão o campeão estadual. É muito bom para a alegria do futebol. Atletiba é sempre motivador e empolgante. Nas duas finalíssimas não será diferente. Emoção à larga. A Baixada fará falta aos alteticanos.

O jogo de ontem

A sorte esteve na garupa do Coritiba. Mal começou o clássico e Éverton Ribeiro, eleito por Marcelo Oliveira nos últimos jogos como titular, fez o gol de abertura do marcador. O Atlético desmoronou taticamente e ficou aparvalhado diante da surpresa do gol precoce do adversário.

A situação ficou definitivamente complicada para o Rubro-Negro quando o destempero de Guerrón obrigou o juiz do jogo a tomar a decisão extrema de puni-lo com o cartão vermelho. O equatoriano, nervoso e contrariado com a ótima marcação individual de Lucas Mendes, perdeu o equilíbrio emocional e aplicou um pontapé no adversário. Lance de clareza meridiana, sem deixar margem para a mínima hesitação do árbitro. Jogador gosta de liberdade. Não tolera vigilância constante e pessoal como exerceu Lucas Mendes, com eficiência.

O Atlético foi guerreiro e alcançou o primeiro empate em lance estratégico de Paulo Baier, cobrando falta com precisão cirúrgica.

O Coritiba precisou jogar com mais dedicação para marcar o segundo gol. Não consolidou a vantagem e outra vez foi surpreendido pelo rival.

As decisões de Marcelo Oliveira foram fundamentais para o Alviverde deslanchar. Roberto, Lincoln, Éverton Ribeiro, Tcheco e Lucas Mendes foram destacadas personalidades do campeão do segundo turno.

No Atlético, mesmo com dez jogadores a partir dos 26 minutos do primeiro tempo, o treinador Carrasco insistiu no jogo ofensivo, corretamente. Ao Atlético só interessava a vitória, mas foi impotente sob todos os aspectos para alcançar o seu objetivo.

Vitória justíssima do Coritiba, consagrado o melhor do campeonato pela pontuação geral. A rodada final não altera o quadro de agora.

Pitada literária

Lendo o livro lançado ontem pelo consagrado médico Jorge Timi, também advogado e escritor, encontro o verso intitulado Sensações. Para a reflexão dos leitores desta coluna: Sorriso cativante / Lágrima vibrante / Felicidade passageira / Solidão companheira.

É o resumo da vida de vitórias e derrotas a que todos estamos submetidos.

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