Ainda faltam alguns valiosos dias para o primeiro jogo decisivo do Campeonato Paranaense e o assunto mais comentado não é qual das equipes está mais bem preparada para alcançar a consagração do título.
Uma desculpa esfarrapada é sempre usada para justificar o insucesso do perdedor ou o desempenho pífio de jogadores, treinadores e, principalmente, dirigentes de clubes. Estes são os grandes responsáveis pelo fracasso, com raras exceções. Contratam mal, escolhem técnicos de competência duvidosa e praticam os maiores desatinos ao alcance de cérebros dotados de pouca inteligência.
O presidente do Atlético, um eterno insatisfeito e de humor tosco, já disse que quer árbitro forasteiro para as duas partidas decisivas. Nenhum paranaense o satisfaz. O Coritiba já disse pela voz do seu dirigente maior que não concorda, prefere prestigiar a arbitragem paranaense.
Falta a palavra oficial dos organizadores do certame estadual. A Federação Paranaense de Futebol já cometeu um erro grave ao excluir do sorteio para o último Atletiba que decidiu o segundo turno os dois melhores apitadores que o Paraná possui. Alega que atendeu pedido expresso de Héber Roberto Lopes e Evandro Roman. O primeiro não explicou o motivo da incompreensível solicitação. Roman usou como argumento ser secretário de esportes do governo estadual. Os dois juízes erraram e a federação convalidou o equívoco de Héber e Roman. Jamais poderia ter aceitado solicitação tão esquisita.
Juiz de futebol que tem medo de conduzir um clássico deve escolher outra profissão. Os dois, por meio de muito trabalho, conseguiram chegar ao quadro da Fifa. Não é glória para gente desqualificada.
No momento do apogeu do campeonato não querem sustentar sua responsabilidade? Não faz sentido.
Quem decide não pode manifestar qualquer receio. Precisa ter confiança no taco.
Se o sr. Roman não dirige o clássico porque tem função pública, tem dois caminhos a seguir. Ou deixa de apitar jogos no estado e vai para outra federação ou larga o apito. Não cogito a hipótese de pedir demissão do importante cargo público que exerce.
Quanto ao Héber nem pensar em outra hipótese. Ou aceita a missão com grandeza moral ou vai trabalhar em outra profissão.
Não é razoável que os nossos melhores juízes deixem de trabalhar em jogos decisivos.
Com a palavra a Federação Paranaense de Futebol. O presidente do Atlético quer um forasteiro e o Coritiba quer árbitro local. Em matéria de trabalho profissional não dá para aprovar a omissão lamentável de quem manda.
Manda quem pode. Obedece quem tem juízo e fim de conversa.