Emerson salta mais alto do que os marcadores do São Paulo, cabeceia com precisão cirúrgica e abre os braços iniciando a comemoração do gol que abriu o caminho da classificação para o Coritiba decidir mais uma vez o título da Copa do Brasil. Zagueiro clássico, com estilo ao mesmo tempo acadêmico e eficiente, ele resume o ideal para a posição, com o importante detalhe de que se trata de um líder, de alguém envolvido com a causa do clube e que, não raras vezes, age com frieza profissional tanto quanto a eloquência de mais um torcedor.
Emerson é a cara desse time vitorioso do Coxa. Um time sem estrelas resplandecentes que faz da força coletiva a diferença. É o conjunto em sintonia fina dentro e fora de campo, incentivando o grupo a superar-se, somar recordes e títulos nas últimas temporadas.
Um clube centenário naturalmente acumula histórias e feitos através dos tempos e não é diferente com o Coxa que, se possui Emerson como a expressão vivaz do sucesso presente, teve muitas faces que marcaram época no passado.
Muitas são as caras do Coxa que ficaram indelevelmente gravadas na memória ou na retina dos torcedores. E não apenas dos torcedores, mas de todos aqueles que apreciam futebol e sabem reconhecer o talento dos grandes jogadores. Uma de suas principais características foi saber escolher o goleiro na formação das equipes históricas. Assim, nomes como Célio, Joel, Jairo, Manga, Mazzaropi, Rafael, Fernando Prass e, agora, Vanderlei estão no panteão alviverde.
O zagueiro líder também é detalhe que não passou despercebido pelo crivo coxa-branca: Fedato, Bequinha, Nico, Roderley, Oberdan, Cláudio, Gardel, Gomes, Heraldo, Miranda, Henrique, Pereira e Emerson parecem personagens heróicos pinçados de páginas das aventuras em quadrinhos. O carisma sempre foi levado em consideração, daí a notoriedade de Guimarães, Rossi, Hidalgo, Dreyer, Pedro Rocha, Osvaldo, Ademir Alcântara, Tcheco e, outra vez, Emerson acumulando funções.
O goleador não faz parte do atual time, que baseia a sua força no conjunto, entretanto no imaginário coletivo da torcida as redes ainda balançam com os gols de Duílio, Ivo, Oda, Walter, Tião Abatiá, Freitas, Lela, Índio, Chicão, Brandão, Tuta e outros.
O craque, especialmente o craque, foi o ponto de desequilíbrio na edificação dos inúmeros títulos alcançados e nos momentos de emoção experimentados. Impossível resistir o entusiasmo da lembrança e conter os aplausos para as jogadas criadas por gente da estirpe de Miltinho, Almir, Ronald, Krüger, Passarinho, Leocádio, Paquito, Negreiros, Zé Roberto, Flecha, Bráulio, Dirceu, Aladim, Ely, Luís Freire, Tostão, Serginho ou Alex. Não nomes, são marcas, são algumas da múltiplas caras do Coxa, que se somam na inexorável marcha da história em mais um momento de decisão, a decisão verde da Copa do Brasil.
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