O Atletiba de hoje está supermotivado. Um pouco pelas ocorrências nos últimos clássicos, com diversos lances polêmicos, mas muito pelo seu caráter decisivo. Uma das atitudes mais engraçadas do meio esportivo é a que se vê quando alguém muito criticado obtém alguma vitória importante. Logo se diz que o sujeito calou os críticos, mostrou sua qualidade, etc. e tal.

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Mas ninguém para para pensar se não foi justamente por ouvir os críticos que aquela vitória aconteceu. Temos a oportunidade de ver de novo o Atletiba, o quarto e último do ano, devendo sair um campeão do Alto da Glória. Gostaria que o árbitro escalado pela Federação calasse os críticos e os contestadores com um trabalho soberbo, impecável e sem margem para qualquer tipo de dúvida.

O mesmo se aplica aos treinadores e jogadores, afinal, são eles que fazem o espetáculo. Que também consigam calar os críticos e assemelhados. Antes, porém, terão de mostrar em campo as suas qualidades e, dependendo do resultado, comemorar o título em cima do maior rival. Isso vale para os dois lados, se bem que o Coritiba mostra-se mais tranquilo, mais seguro e confiando no fato de decidir em casa ao lado da torcida.

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A verdade é que o time coxa-branca adquiriu considerável gordura de prestígio, que lhe permite manter a calma e procurar se impor naturalmente como fez nos três clássicos anteriores. Há quatro anos sem perder para o Atlético em campeonatos estaduais, festejando recorde de vitórias e histórica sequência de jogos invictos no Campeonato Estadual, além de reunir boas chances de chegar à nova final na Copa do Brasil, o Coxa curte o seu momento de sucesso. Nem mesmo a eventual perda do tri deve abalar o otimismo, mesmo porque não dá tempo diante dos próximos confrontos com o Vitória.

Tenso e um pouco inseguro pelos prejuízos contabilizados desde a queda para a Segundona, agravados por não ter conseguido liquidar o campeonato no clássico do returno, o Atlético surge ansioso para mostrar serviço.

Criticado pelos equívocos na escalação, na composição do banco de reservas e nas substituições processadas, Juan Carrasco parece ter encontrado o caminho do time com a formação escolhida para o jogo com o Cruzeiro. A óbvia e reclamada escalação de Zezinho ao lado de Deivid e a manutenção de Ligüera como titular na ligação do ataque – que se encorpou com o retorno de Guerrón –, pode levar o técnico uruguaio a "calar os seus críticos".

Rezam os atleticanos que assim seja, até porque nenhum comentarista ou colunista aponta falhas e virtudes por algum prazer pessoal, mas sempre com o objetivo de acrescentar dados à imaginação do torcedor ou simplesmente apresentar fatos que possam enriquecer as análise e avaliações de uma partida de futebol que é, para muita gente, a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes da vida.

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