A bola começará a rolar na semana que vem e muitas dúvidas pairam sobre o futebol brasileiro. A mais incômoda é a arbitragem.
Jamais assistimos a arbitragens tão inseguras como nos últimos anos. Até parece até que a CBF e as federações estaduais afundaram em todos os setores.
Arbitrar qualquer competição é difícil. Mais ainda partidas de futebol. Só mesmo quem um dia esteve em campo com um apito na boca ou nas mãos, pois cada qual tem o seu estilo de agir, poderia se dar conta das implicações que representa decidir em frações de segundos, às vezes nem isso, o destino de um jogo, interpretar uma jogada quase sempre debaixo de dupla pressão: de um lado, os jogadores, uns a favor e outros contra a decisão; de outro, a torcida, sempre dividida e, claro, segundo seus interesses, o que dizem os corações.
Arbitrar é difícil, especialmente se o juiz tem pavio curto, não sabe dosar a sua energia e compreender, acima de tudo, que na média os jogadores profissionais, que ganham verdadeiras fortunas de salários e prêmios, são como crianças mimadas, as quais, de repente, se lhes tiram o brinquedo. Resmungam, reclamam, gesticulam inconformados e dificilmente são capazes de entender que, enfim, aquele homem solitário às vezes vestido de preto que se encontra ali, na verdade esta tratando de cumprir com a sua espinhosa tarefa da melhor forma possível.
Como vivemos momento miserável no futebol brasileiro as arbitragens também não agradam. Se o dirigente erra nas contratações logo os torcedores esquecem; se o técnico erra na escalação do time ou nas substituições, só mesmo após uma série de maus resultados é que pedem a sua cabeça; se os jogadores erram e o time perde, eles logo tratam de engambelar o torcedor ainda antes de entrarem nos vestiários dizendo que “futebol é assim mesmo e vamos partir para outra...”. O árbitro é o único crucificado logo após cada equivoco. E, modernamente, com verdadeiro arsenal tecnológico para desnudá-lo, com as sentenças dos indefectíveis comentaristas de arbitragem da televisão que só se manifestam depois de ver e rever cada lance. Coisa que não é permitida ao homenzinho de preto lá dentro do campo.
Pois agora, na reunião anual de negócios do Ifab – International Football Association Board -, entidade que regulamenta as leis do futebol, os diretores do órgão recomendaram fortemente que os testes com o auxílio de vídeo à arbitragem sejam aprovados na próxima reunião, em março.
Será escalado um árbitro de vídeo – ex-apitadores experientes – para ajudar nos lances polêmicos em cada jogo.
Fiquem de olho no apito, pois muita coisa vai mudar. Para melhor.
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