Quando o contraditório líder russo Vladimir Putin se manifestou contra a prisão dos cartolas do futebol, em hotel de luxo pago pela Fifa, em Zurique, ficou claro que as autoridades policiais suíças e americanas estão no caminho certo.
Simplesmente porque, entre tantas provas de corrupção em torno dos eventos patrocinados pela FIFA e suas correspondentes como Concacaf e Conmebol, existem suspeitas de ilicitudes nas escolhas da Rússia e Catar como sedes das próximas copas mundiais.
A globalização do futebol, pela sua natureza lúdica de conquistar a paixão de bilhões de pessoas, com o desenvolvimento tecnológico da televisão e os múltiplos e milionários interesses comerciais envolvidos, tornou obsoleta a ideia de que os dirigentes esportivos trabalham por idealismo.
O futebol tornou-se presa do marketing, capitalizou-se, passou a fazer parte do mundo da grana e nem sempre das finanças mais bem cheirosas.
Perdeu a aura romântica que embala os sonhos dos torcedores. Mas, na hora em que a bola começa a rolar, magicamente nos esquecemos de tudo. Então, chegou o momento de furar a bola e, temporariamente, parar tudo para uma ampla reestruturação da modalidade esportiva mais popular do planeta.
A imagem do futebol foi jogada no lodo.
Do jeito que está, não dá mais para continuar, pois, lamentavelmente, parece não restar uma gota de decência para essa gente.
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