A torcida coxa-branca entendeu a experiência que é a de enfrentar adversários de melhor nível do que aqueles que foram triturados no Alto da Glória até agora. Não que o Internacional seja uma maravilha, mas mostrou condições de encarar o Coritiba e exigir o máximo do nosso campeão invicto.
O gol de Glaydson surpreendeu num momento em que o Coxa começava a se impor, porém a penalidade de Kléber sobre Bill abriu novas perspectivas na partida. A propósito de Bill, gostaria de registrar o meu apreço e respeito a esse jogador. Gosto da forma como ele se entrega ao jogo, superando suas deficiências técnicas com vigor e vibração contagiantes. Declaro-me, com licença do velho Valmir Gomes, macaca de auditório do Bill.
O empate veio no pênalti mal batido por Davi e por ele mesmo concluído. O restante do jogo foi paisagem de duas equipes competitivas, mas longe da briga pelo título nacional.
Duro de acertar
O quinto jogo sem vitória do Atlético no Brasileiro tem a ver com a forma como a equipe vem sendo trabalhada. Minucioso na defesa de suas teorias e um tático por excelência, Adilson Batista parece não ter percebido que comanda um time tecnicamente fraco e sem espaço para inventar algo diferente.
Sem padrão de jogo e sem capacidade de reagir quando sofre o gol, o atual time atleticano revela falta de confiança e motivação, coisas que só um supervisor mais experiente do que Paulo Rink e um técnico mais simples e realista conseguirá fazer a médio prazo.
Na derrota para o Figueirense, o time falhou na retaguarda, voltou a mostrar deficiências na meia-cancha e continuou perdendo tempo no ataque com Guerrón, Nieto e outras figuras decorativas.
Está ficando duro de acertar o Furacão que afunda na classificação.
Paraná melhora
Longe do ideal, mas bem melhor do que jogou no campeonato estadual, o novo time do Paraná poderia ter vencido o Náutico se fosse mais ousado. O empate foi bem aceito, afinal foi para este resultado que o técnico Roberto Fonseca armou a equipe.
Jefferson desperdiçou duas chances logo de saída, Serginho marcou um golaço de bicicleta e o goleiro Zé Carlos defendeu um pênalti. Mas teve mais: Zé Carlos andou operando prodígios na meta quando o Náutico encurralou o Paraná e, afinal, alcançou o empate através da cobrança de outro pênalti que também existiu.
Pena que o Tricolor tenha mostrado pouco apetite ofensivo, pois bastou Diego entrar para embaralhar a zaga pernambucana e quase chegar ao gol da vitória na jogada em que foi impedido pelo goleiro Gledson, cuja penalidade máxima não foi caracterizada pela arbitragem.
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