Em meio às reclamadas reforma do futebol brasileiro, que encontram tremenda resistência dos cartolas refestelados no poder, assistimos à grave crise técnica que tomou conta da maioria absoluta das equipes e, sobretudo, da humilhada seleção.
Fiquemos, hoje, com a crise técnica que alcançou o seu ápice no jogo entre Coritiba e Corinthians, encontrando referencias para o futebol que mostraram em alguma área sombria situada entre o bocejo e a proximidade com o despejo de casa. Mais preocupante foi a reação do treinador corintiano, para o qual a torcida deve esquecer a excelência do futebol mostrado durante a Copa e aceitar a dura realidade.
Ora, ora, senhor Mano Menezes, não foi só o espetáculo da Copa que mexeu com o sentimento do torcedor, mas a constatação da decadência do futebol brasileiro nos últimos anos e, para isso, basta ter acompanhado as temporadas europeias em comparação com a indigência técnica de quase todas as partidas dos campeonatos estaduais, nacionais e, mesmo, da Copa Libertadores da América.
No final deste mês a televisão voltará a nos mostrar o festival europeu e serão inevitáveis as comparações com os nossos times.
Impressiona a ausência de autoanálise dos governantes, líderes políticos e, agora, também dos treinadores de futebol, os quais não aceitam críticas e reagem de maneira agressiva contra a população que reclama da baixa qualidade da maioria dos serviços prestados no país. Anda faltando semancol.
Rodada
O Paraná, cada vez mais com cara de Botafogo e Portuguesa na parte administrativo-financeira, tentará dentro de campo a reabilitação frente ao time com pior desempenho até agora: o Vila Nova, com míseros cinco pontos ganhos em 14 rodadas e praticamente com a alma encomendada para a série C.
Se repetir a boa atuação em São Januário o Paraná não encontrará dificuldade para dar um pouco de alegria ao seu desolado torcedor.
Em seguida, o Coritiba terá um osso duro de roer no Maracanã, o vice-líder Fluminense, com Fred, o cone mais famoso do futebol mundial. Quando penso na forma de o Coxa jogar para tentar surpreender, como aconteceu frente ao Grêmio, inevitavelmente surge a pergunta que não quer calar: Como estará o ambiente no Alto da Glória depois do confronto na Câmara Federal, entre o presidente Vilson Ribeiro de Andrade e o líder dos jogadores Alex?
Domingo com a Arena da Baixada cheia de ninguém o Atlético receberá o cambaleante Botafogo. Poderia ser melhor o panorama para Doriva e seus golden boys não fosse aquele papelão dos três gols sofridos diante do Galo: um a partir de arremesso manual e dois contra, sendo o primeiro de Léo Pereira uma inesquecível homenagem ao bravo futebol de várzea da nossa capital.
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