O professor Edemundo Campos, 40 anos, rodou 5 mil quilômetros de bicicleta até Curitiba, no projeto de passar pelas 12 capitais que devem sediar a Copa do Mundo do Brasil em 2014. Na capital paranaense - a quinta cidade-sede pela qual passa (antes visitou Manaus, Cuiabá, Brasília e Porto Alegre) desde que deixou a esposa e os dois filhos em Macapá, a capital do Amapá, no extremo Norte do país - coincidiu de ele chegar justamente no período de preparação da seleção antes do embarque para a Copa da África do Sul.
Campos leva consigo uma bandeira de 50x10 metros autografada pela população das cidades em que passa, com a qual prega a paz no futebol. Em troca, pede uma ajuda de custo para concretizar um projeto ainda maior: estar na África do Sul na Copa. "Já juntei R$ 2,5 mil de doações da população. Detalhe: não é ajuda de empresa e nem patrocínio. É doação do povo mesmo", diz o professor, que pretende finalizar o projeto das cidades-sede no dia 15 de junho, no Rio de Janeiro, e depois ir para a África. "Não vai dar para pegar a abertura da Copa. Mas eu vou estar lá, com certeza", diz o professor, que está alojado em um quartel do Corpo de Bombeiros em Curitiba.
Pedalada contra as drogas
Edemundo Campos não foi o único a pedalar quilômetros para ver a seleção. Um grupo de três amigos de Erechim, no Rio Grande do Sul, também resolveu dar um intervalo no projeto de pedalar por todos os estados brasileiros e tentar ver a seleção em Curitiba.
No treino da tarde deste domingo (23) no CT do Caju, ele se encontrou com outros três ciclistas que também estão rodando o Brasil. Enoque Zech, 22 anos, e Wellington Moraes, 17, saíram de Carazinho para se encontrarem em Erechim com o amigo Daniel Juk, 19 anos, e juntos rodarem os 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal de bicicleta, pregando a mensagem contra o uso de crack e a pedofilia.
Pelo projeto inicial, o plano era apenas dormir uma noite em Curitiba. Mas assim que souberam que a seleção estava na cidade, foram ao CT do Caju tentar ver os jogadores. "Estamos há sete dias pedalando. Não esperávamos ver a seleção aqui. Aliás, ainda nem arranjamos lugar para dormir", diz Zech, que, a partir da dica de Campos, também procuraria abrigo com os amigos no quartel dos Bombeiros.
Sobre a movimentação de torcedores no CT do Atlético, os quatro ciclistas lamentaram não poder ver nenhum jogador. Mas nada que os desmotive. "Eu acredito que vou ver alguém. Se até com o presidente Lula eu já tirei foto, por que não vou ver os jogadores da seleção?", enfatiza Campos, mostrando a foto ao lado do presidente Lula que leva na mochila. "Já me encontrei com ele seis vezes", faz questão de lembrar.
As fotos de Campos com Lula também servem de inspiração para o trio gaúcho, que, assim que partir de Curitiba, vão pedalar com destino a Santos. "Lá vamos tentar dar um abraço de apoio no Neymar e no Ganso. Eles mereciam estar na seleção", enfatiza Zech.
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