Responsável pela reforma do Mineirão para a Copa de 2014, o consórcio Minas Arena, formado pelas empresas Construcap, Egesa e Hap, está negociando diretamente com os operários da obra que entraram em greve nesta quarta-feira (15/06). O governo mineiro diz que acompanha o caso, esperando que o "assunto seja resolvido nas próximas horas", mas lembrou que trata-se de uma "negociação privada".
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região, a paralisação desta quarta-feira contou com adesão praticamente total dos cerca de 500 funcionários no canteiro de obras do Mineirão. De acordo com a entidade, quem manteve o serviço adotou ritmo de "operação tartaruga" como protesto.
Mas o consórcio responsável afirmou, por meio de nota do governo estadual, que a greve foi parcial e que 60 máquinas e equipamentos mantiveram os trabalhos de terraplenagem e fundações em ritmo normal durante o dia.
Os operários pedem aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho. Os representantes do consórcio Minas Arena devem fazer uma proposta aos trabalhadores, que pretendem discutir a continuidade da paralisação numa assembleia marcada para a manhã desta quinta-feira (16/06).
"O que está acontecendo na reforma do Mineirão é vergonhoso. Além dos baixos salários, falta banheiro, falta água... O trabalhador parou exigindo essas melhorias. Parou para reivindicar um trabalho melhor", disse Osnir Ventura, presidente do sindicato.
Por meio da nota divulgada pela Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), o consórcio "informa que cumpre todas as exigências da convenção coletiva do Sindicato da Construção Civil Pesada e mantém altos padrões de qualidade e segurança". O Minas Arena também garante estar aberto ao diálogo.
Apesar da greve dos operários desta quarta-feira, quando houve uma paralisação parcial das obras, o governo mineiro manteve a previsão de conclusão da reforma do Mineirão para dezembro de 2012 - candidato a receber o jogo de abertura, o estádio em Belo Horizonte é um dos mais adiantados na preparação para a Copa de 2014.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião