Os operários que trabalham nas obras do Mineirão, estádio que está sendo reformado para a Copa de 2014, decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (15/06). Além de melhores salários, eles reivindicam melhores condições de trabalho. No local, trabalham cerca de 500 pessoas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belo Horizonte.
"Os trabalhadores pararam as atividades. O que está acontecendo na reforma do Mineirão é vergonhoso. Além dos baixos salários, falta banheiro, falta água... O trabalhador parou exigindo essas melhorias. Parou para reivindicar um trabalho melhor", disse Osnir Ventura, presidente do sindicato.
Nesta quinta-feira, está prevista uma reunião dos operários com os representantes do consórcio construtor, que é formado pelas empresas Egesa, Hap e Construcap. Segundo o sindicato, os trabalhadores também cobram a instalação de ponto e o pagamento de horas extras, cesta básica e do vale transporte em dia.
Conforme o sindicato, o salário de um oficial, que abrange as funções de pedreiro, armador, carpinteiro, bombeiro e eletricista, é de R$ 926,20. Os trabalhadores pleiteiam um aumento para R$ 1.200,00. Enquanto isso, os serventes que trabalham no Mineirão também pedem reajuste de R$ 605,00 para R$ 1.000,00.
A empresa responsável pela reforma do estádio nega as acusações e alega que o ambiente de trabalho cumpre todas as exigências de segurança e bem-estar para os funcionários. Mesmo assim, promete dialogar com os grevistas.
Candidato a receber a abertura da Copa, o Mineirão é um dos estádios para o Mundial de 2014 que está com as obras mais adiantadas - o orçamento da reforma do local é de R$ 743,4 milhões. Mas agora, com a greve dos operários, o trabalho no estádio pode sofrer algum atraso. A situação só não é mais comprometedora porque parte dos funcionários ainda está tocando a obra, porém a passos lentos.
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