A escolha do argentino Lionel Messi como melhor jogador da Copa do Mundo no Brasil causou surpresa no presidente da Fifa, Joseph Blatter. Foi o que o dirigente revelou nesta segunda-feira ao ser questionado sobre o assunto durante coletiva de imprensa realizada no Maracanã.
Antes de dar sua resposta, com um sorriso discreto, Blatter perguntou ao jornalista se ele queria ouvir o que ele realmente pensava ou se preferia uma reposta diplomática. O comentário rendeu alguns risos.
"Eu fiquei um pouco surpreso quando soube que o Messi havia sido eleito o melhor jogador", admitiu o dirigente, que disse, no entanto, respeitar a escolha do Comitê Técnico da Fifa, órgão responsável por determinar qual jogador é merecedor do título.
Essa foi a primeira vez que os jornalistas envolvidos na cobertura do Mundial não participaram da escolha do craque da Copa do Mundo, que é feita desde a edição de 1978.
De lá para cá já foram realizados dez Mundiais, e em apenas quatro ocasiões o melhor jogador da competição esteve na seleção campeã. E isso não acontece desde 1994, quando o atacante brasileiro Romário, um dos protagonistas do tetra, conquistou o prêmio.
A Bola de Ouro da Fifa tem funcionado como uma espécie de prêmio de consolação às seleções que fazem boas campanhas, mas não chegam ao título da Copa do Mundo. Alguns jogadores, porém, têm sido premiados mesmo após atuações contestadas. O caso mais notório é o do goleiro alemão Oliver Kahn, que falhou em um dos gols que deram o título ao Brasil na final da Copa de 2002.
Na final do último domingo, Messi teve atuação discreta. "Mas se pensar nos jogos que o Messi fez pela a Argentina no início do torneio, podemos dizer que ele foi decisivo", alegou Blatter, tentando chancelar a escolha.
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