Platini ainda não definiu se fará oposição à Blatter no pleito da Fifa| Foto: EFE

Joseph Blatter perdeu um importante aliado para a próxima eleição para a presidência da Fifa. Nesta quinta-feira, Michel Platini garantiu que não irá apoiar a candidatura do suíço a mais um mandato. O ex-jogador francês, atual presidente da Uefa, ainda não decidiu se ele próprio participará do pleito, marcado para maio de 2015, mas afirmou que a entidade precisa de renovação.

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"Eu não o apoio. Eu o conheço há muitos anos e gosto dele, mas não sou a favor de ele cumprir novo mandato. Eu o apoiei em 1998 mas não em 2014. Eu não vou mais apoiar Blatter no futuro. Já disse isso a ele, acho que a Fifa precisa respirar novos ares", comentou Platini, em entrevista ao jornal francês L'Equipe.

Blatter está à frente da entidade desde 1998, quando substituiu o brasileiro João Havelange, e trabalha atualmente em seu quarto mandato. "Em 2011, ele veio pedir apoio da Uefa e nos disse que seria pela última vez", revelou Platini, lembrando da última vitória do suíço na disputa pela presidência da Fifa.

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Na entrevista, o francês também deu uma data para dizer se será candidato ou não à presidência da Fifa. "Não é porque Blatter vai concorrer que Platini não vai e não é porque Blatter não vai concorrer que Platini vai. Vou fazer o anúncio no dia do sorteio da fase de grupos da próxima Liga dos Campeões da Europa, em 28 de agosto. As federação filiadas à Uefa querem que eu os informe o mais rápido possível", contou.

Durante o Congresso Anual da Fifa, realizado nos dois últimos dias em São Paulo, dirigentes europeus falaram publicamente sobre o desejo de mudança na entidade. Mas Blatter conseguiu uma vitória ao longo do evento, quando uma votação derrubou a proposta de que pessoas com mais 72 anos fossem impedidas de concorrer à presidência - o suíço já está com 78 anos.

Por enquanto, Blatter ainda não lançou sua candidatura oficialmente, mas já avisou que vai concorrer novamente. O único nome confirmado na eleição do ano que vem, portanto, é o do francês Jérôme Champagne, ex-dirigente da Fifa.