Manifestantes quebraram agências bancárias no fim da tarde de terça-feira em protesto contra a Copa| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

O responsável pela operação da Polícia Militar (PM) na Copa do Mundo, coronel Milton Fadel, afirmou nesta terça-feira (17) que, no momento da ação dos black blocs, que promoveram quebra-quebra no Centro de Curitiba no fimda tarde segunda-feira, o contingente de policiais estava em número menorque o número de manifestantes.

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Por isso, segundo ele, a polícia não conteve a passagem dos manifestantespela Avenida Marechal Floriano Peixoto em direção às agências bancárias naregião da Praça Carlos Gomes, onde destruíram lojas, bancos e mobiliáriourbano.

De acordo com o coronel, há protocolos que os policiais precisam seguir. Umdeles é aguardar reforço quando estiver em menor número. "A partir domomento que a tropa de controle de distúrbio civil chegou, deu tudo certo",disse o coronel. Segundo ele, em um cenário ideal, espera-se que haja umnúmero igual de policiais e manifestantes para haver um maior controle sobreo protesto.

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Segundo Fadel, os manifestantes têm uma mobilidade que, eventualmente, não éacompanhada pela polícia porque os policiais precisam seguir a lei, como asregras de trânsito. Quando perguntado, contudo, sobre o porquê de não haveruma escolta policial pedestre para acompanhar a manifestação de perto, oCoronel informou que uma distância mínima era necessária "em virtude dosacontecimentos do ano passado", ou seja, em relação ao confronto com osmanifestantes nas jornadas de junho em Curitiba.

"Existe um delay próprio para quem obedece as regras sociais e legais paraaqueles que não", comenta o oficial. Apesar disso, ele afirmou que a PMconseguiu conter os manifestantes e vai continuar com a mesma estruturaplanejada em relação às ações dos black blocs durante a Copa do Mundo emCuritiba.

Entretanto, foi possível ver, durante a passeata, que a tropa de choqueestava sempre posicionada um quarteirão atrás dos manifestantes. Ao longo docaminho, a caminhada encontrou vários pontos onde policiais estavammobilizados e nada foi feito.

"Não vai haver uma preparação mais especial, além daquela que já foiplanejada. Aprendemos com as manifestações do ano passado e estamos maispreparados agora. Além disso, temos mais tecnologia neste ano", disse ocoronel.

Segundo Fadel, havia uma série de entidades que acompanhavam osmanifestantes, que fiscalizavam a ação da PM.

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Para o delegado federal e coordenador da pós-graduação em Segurança Públicada Unicuritiba, Algacir Mikaloviski, a ação da polícia foi inadequada poisnão pôde prevenir as ações de vandalismo.

"Pode ser que tenham atrasado oconfronto policial porque esse tipo de embate tende a ser hiperbolizado, maso fato é que houve a perda do timing policial". No caso dos policiais quedeixaram os manifestantes passar, ele também foi claro: "O certo seria pediro reforço do ponto de vulnerabilidade, e não abrir passagem".

Manifestantes

O Centro Integrado de Comado e Controle Regional (CICCR) informou que algunsdos manifestantes detidos terça-feira são os mesmos que depuseram na PolíciaFederal (PF). O CICCR não informou o número exato dos black blocs que jáeram conhecidos da polícia.

Ao todo, foram 14 detidos durante o protesto violento. Cinco deles foramautuados por resistência, desobediência e dano ao patrimônio público eprivado. Outros cinco estão sendo responsabilizados apenas pelo crime dedano. Uma jovem detida foi atuada por associação criminosa, ameaça e dano.Até o final da manhã desta terça-feira, eles permaneciam no 1º Distrito.

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Dois dos adolescentes apreendidos foram encaminhados à delegacia doAdolescente, também por danos. Um terceiro menor, no entanto, foi apreendidopor roubo a uma banca de revistas no Centro.

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