Confira como foi a vitória do Coxa dentro da Arena após oito anos
LANCE A LANCE: Acompanhe os principais lances da vitória do Coxa no Atletiba
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PRÓXIMOS JOGOS: Acompanhe o que vem pela frente do Paranaense 2009
- Trapalhada e comemoração antecipadas do Atlético geram reclamações
- Jogadores do Coritiba ainda sonham com bi e pensam na Copa do Brasil
- Marcelinho Paraíba provoca: "Poderíamos ter feito mais"
- Atleticanos lamentam derrota, mas confiam em título estadual
- Geninho: "Peço desculpas por não termos dado o prêmio que eles esperavam"
- René Simões divide louros da vitória com Borges e Krüger
Em um dos clássicos Atletibas mais emocionantes dos últimos tempos, o Coritiba venceu o Atlético Paranaense por 4 a 2 na tarde deste domingo, na Arena da Baixada. O resultado pôs fim a um tabu de oito anos sem vitória alviverde no reduto rubro-negro e adiou a definição de quem será o Campeonato Paranaense desta temporada. O toque de René Simões e a qualidade de Marcelinho Paraíba fizeram a diferença.
O primeiro tempo foi todo do Alviverde, que chegou a 2 a 0 com menos de 20 minutos de partida e ainda teve chances para abrir uma verdadeira goleada. O Atlético não marcou, não atacou, e irritou a torcida atleticana. No intervalo o técnico Geninho fez logo três alterações, tirando os contestados Julio dos Santos, Júlio César e Netinho para as entradas de Lima, Wallyson e Márcio Azevedo, e o clássico mudou de lado.
O Furacão melhorou consideravelmente e encurralou o Coxa. Com 20 minutos os donos da casa conseguiram chegar ao empate e se aproximaram também da virada, resultado que daria o título estadual de forma antecipada. Todavia, o Coritiba teve tranquilidade para conter a pressão, e com as entradas de Marlos e Guaru conseguir fazer mais dois gols e conquistar uma importante vitória, resultado que permite ao time alviverde ainda sonhar com o bi.
A rodada decisiva do próximo fim de semana coloca Atlético e Coritiba empatados com 14 pontos (com vantagem do Furacão nos critérios de desempate) e o J. Malucelli com 13. O Furacão depende de uma vitória sobre o Cianorte para ficar com o caneco. Já o Coritiba recebe o Nacional e depende de uma vitória e um tropeço do arquirrival para conquistar o título. O Jotinha encara o Paraná Clube e precisa, além de ganhar, torcer por tropeços da dupla Atletiba.
Antes da rodada decisiva, porém, Atlético e Coritiba terão de se preocupar com Corinthians e CSA-AL, adversários pela Copa do Brasil nesta quarta-feira.
Banho de bola alviverde nos primeiros 45 minutos
A presença de Pereira na zaga e de Rodrigo Mancha como volante, sua posição de origem, foram apenas duas das sinalizações de que René Simões estaria dando a sua cara ao Coritiba no clássico Atletiba. A presença do treinador no banco de reservas reforçou este fato, enquanto o Furacão apostou em uma base experiente, a mesma que atuou durante boa parte do Paranaense. Esperava-se equilíbrio, mas o que quase 23 mil torcedores viram no primeiro tempo esteve longe disso.
É verdade que o primeiro lance de perigo foi um cruzamento de Marcinho na área do Coxa, mas foi só. O Coritiba em seguida anulou totalmente o meio-campo e as alas do Atlético com uma forte marcação. Assim, como queria Simões, a dupla de Paraíbas Marcelinho e Carlinhos tiveram liberdade para atacarem. O gol veio cedo, aos seis minutos, graças a qualidade do camisa 9 coxa-branca.
Em cobrança de falta combinada entre Marcelinho e Marcos Aurélio, o atacante bateu, a bola rebateu e o rebote veio certinho para Marcelinho chutar de primeira e a bola morrer nas redes atleticanas, com a colaboração do goleiro Galatto. O gol inicial mexeu com o emocional do Furacão e a equipe abusou das faltas e seguiu desorganizada. O Verdão aproveitou e Marcelinho continuou solto no gramado, fazendo a diferença. Aos 18, o meia ganhou e acertou a trave. Um minuto depois, nova bonita jogada e pênalti.
Márcio Gabriel entrou com a bola dominada na área e recebeu uma tesoura de Netinho. O árbitro Edivaldo Elias da Silva não teve dúvidas e marcou a penalidade máxima. Na cobrança, o ex-atleticano Marcos Aurélio fez o segundo do Coxa. O Atlético seguiu inoperante em todos os setores do campo, inclusive Galatto, bastante instável. Em uma saída errada em um escanteio, o goleiro quase deu o terceiro gol para Rodrigo Mancha. O Alviverde teve ainda mais duas chances, mas perdeu.
Modificado, Atlético vira o panorama e chega ao empate
O Furacão voltou do vestiário com outra postura e com três novidades no time titular. Wallyson, Márcio Azevedo e Lima entraram nos lugares de Júlio César, Netinho e Julio dos Santos e o Atlético virou protagonista nos 35 minutos seguintes do clássico. Os donos da casa partiram para cima, equilibraram as ações no meio-campo e passaram a rondar a defesa do Coritiba. Enquanto pode o time visitante se segurou, mas "água mole, pedra dura..."
Aos 12 minutos, em uma lambança de Cleiton, Wallyson lançou e a bola sobrou para Rafael Moura diminuir. A torcida se inflamou e empurrou o Furacão ainda mais para cima do adversário, na tentativa de empatar e até virar o marcador. Coincidência ou não, aos 19 minutos, uma penalidade máxima deu novos números ao placar. Wallyson fez jogada individual e foi derrubado por Leandro Donizete. Na cobrança Marcinho igualou o jogo.
O anúncio no sistema de som da Arena de que o J. Malucellihavia perdido para o Nacional animou ainda mais o torcedor rubro-negro, e a ansiedade pela virada era enorme. Ela poderia ter vindo aos 30 minutos, quando Rafael Moura sairia na cara do gol e um impedimento mal marcado parou a jogada. Mesmo encurralado, o Coxa nunca perdeu a tranquilidade e tentou chegar ao ataque na base dos contra-ataques. Em um deles a sorte do jogo foi decidida.
Gringo mostra estrela de carrasco do Atlético e Marlos tenta as pazes com gol
Depois de escanteio, a bola explodiu no peito de Jairo e ficou limpa para o argentino Ariel Nahuelpan marcar o terceiro gol do Alviverde, tento que caiu como um balde de água fria sobre os atleticanos. Mais uma vez o time da casa partiu para o ataque, porém sem mais o mesmo ímpeto e inspiração do início do segundo tempo. As entradas de Marlos e Guaru visavam dar mais posse de bola ao Verdão, e deram certo.
O Atlético teve a sua última chance de igualar aos 42, quando Lima cabeceou livre e mandou sobre o gol de Vanderlei. Com a sua defesa aberta, uma boa descida coxa-branca poderia encerrar a fatura, e ele veio aos 46 minutos. Marlos recebeu bom passe e tocou da entrada da área, comemorando muito junto ao torcedor alviverde. Beijando o escudo do clube, o camisa 11 selou uma nova fase de otimismo no Coritiba e espera assim fazer as pazes depois de um período de vaias e ofensas contra si.
O Coxa está vivo, com a primeira vitória desde 2001 na Arena.
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