Ademir Adur – apoiador da chapa Paixão pelo Furacão – e Nelson Fanaya – candidato a uma vaga no Conselho Deliberativo pela CapGigante – eram os presidentes do Atlético quando das saídas de Lucas e Alberto para o Rentistas-URU, dias antes de serem vendidos para a Europa. As duas transações foram reveladas em detalhes ontem na Gazeta do Povo.

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Questionados sobre o tema, e embora tenham ocupado o cargo máximo da instituição na oportunidade, os dois se eximiram de qualquer responsabilidade nas transações que fizeram jorrar US$ 18,3 milhões nos cofres do clube uruguaio, entre dezembro de 1999 e julho de 2000.

"Desde o início, quando fui no­­meado para a gestão, o Mario Celso [Petraglia] avocou para ele todas as negociações de publicidade e atletas. Sempre acreditei que as coisas estavam de acordo com a boa prática", diz Adur, responsável pelo Con­­selho Administrativo em 2000.

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O ex-dirigente do Furacão afirmou conhecer apenas as transações do Furacão com o Rentistas. "As operações que o Atlético assinou foram todas legais. Entrou centavo por centavo no clube. O que aconteceu para frente eu desconheço. O Mario Celso que tem de dar os esclarecimentos", segue.

Já Nelson Fanaya, presidente do Conselho Ad­­mi­­nis­­trativo do Rubro-Negro em 1999, alegou não fazer mais parte da diretoria na ocasião da venda de Alberto para Udinese-ITA, confirmada no dia 29 de dezembro daquele ano. "Eu não era mais o presidente. Fui substituído pelo Adur".

Nenhum dos dois foi signatário dos contratos de venda para o clube uruguaio (documentos obtidos pela Gazeta).

Vice-presidente de futebol entre 1999 e março de 2002, Samir Haidar traz outra versão: "As negociações foram em colegiado. O Mario [Celso Petraglia] trouxe à mesa e todos aprovaram ".

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