A instalação do teto retrátil da Arena da Baixada surge como uma nova e longa batalha jurídica na vida do Atlético. Enquanto a discussão se desenrola na Justiça, o clube e a Lanik I. S.A., fornecedora da estrutura, estão distantes de um acordo mesmo ambos admitindo ceder nas exigências.
Visando agilizar a questão para atender compromissos comerciais um evento de MMA, o Shooto Brasil, está agendado para o estádio no dia 5 de dezembro o Furacão acena com outra proposta para a empresa espanhola. Aceita pagar mais do que os 94 mil euros (cerca de R$ 286 mil, na cotação atual) apresentados em novembro de 2013.
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"Se eles [Lanik] disserem que vão ter um aumento de custo, que podem ter realmente, o Atlético pode ouvir os argumentos e reconsiderar", afirma Luiz Fernando Pereira, advogado do Rubro-Negro.
Em agosto deste ano, a Lanik revisou a cobrança para a colocação da "tampa" do Caldeirão, para 418 mil euros (em torno de R$ 1,2 milhão). "Aumentou para mais de quatro vezes. E só eles [Lanik] têm o conhecimento para fazer [a instalação]. Isso pra mim tem um nome, que é extorsão", comenta Pereira.
A justificativa para o salto é a diferença do cenário. Antes a instalação seria feita internamente, durante a reformulação para a Copa do Mundo. Agora, com o estádio fechado, sem o acesso de guindastes ao gramado, precisa ser operada externamente.
"Mudou completamente. É muito mais complicado", alega César França, diretor-executivo da Lanik na América do Norte e do Sul. "O problema é a arrogância e a agressividade dessas pessoas, que acham que podem tudo", completa.
Apesar do descontentamento, França admite baixar os valores para a obra da cobertura da casa atleticana. "Aceitamos reduzir o valor. Poderia chegar até 300 mil euros, no mínimo, utilizando a nossa estrutura no Chile. Podemos chegar a um acordo", completa.
O montante, segundo França, compreende o pagamento do transporte de ferramentas de alta precisão e das diárias de técnicos que recebem em euro, além do pagamento de hospedagem etc. São cerca de 20 pessoas que teriam de vir da Espanha para o Brasil, com permanência de aproximadamente 40 dias.
"Eles [Lanik] devem encaminhar e justificar uma contraproposta e o Atlético irá avaliar de boa fé o novo valor. Não sei dimensionar o que seria justo ou injusto em termos de aumento, é uma questão técnica", declara o advogado do Furacão.
O Rubro-Negro conseguiu uma liminar após recorrer à Justiça na tentativa de resolver o tema. Na decisão, o juiz Rogério de Assis determinou que a Lanik retome a instalação em 15 dias, prazo contado a partir da citação da empresa europeia, o que ainda não ocorreu. E estabeleceu uma multa de R$ 100 mil diários em caso de descumprimento.
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