A indicação do português Sérgio Vieira para o cargo de treinador interino do Atlético marca a chegada do Departamento de Informação do Futebol (DIF) ao comando técnico do clube.
Contratado no início do ano para trabalhar especificamente no desenvolvimento de atletas, o europeu de 32 anos substitui Milton Mendes, demitido depois da derrota para a Ponte Preta, na partida contra o Brasília, nesta quarta-feira (30), pela Sul-Americana.
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Leia a matéria completaApós recomendar a contratação de diversos jogadores, como o zagueiro Vilches e o lateral Pereirinha, essa é a primeira vez que o departamento rubro-negro consegue emplacar um treinador sob sua total influência para comandar a equipe – mesmo que temporariamente.
Desconhecido da maior parte da torcida, Vieira desembarcou no CT do Caju como resultado da parceria do Furacão com a empresa americana Exos, criada pelo preparador físico da seleção alemã, Mark Verstegen. A ideia era aprofundar trabalhos individualizados que melhorassem a qualidade do elenco. O projeto não deu certo, mas o treinador permaneceu, por sugestão do DIF, à frente da equipe sub-23.
Experiência praticamente nova para o português. Em sua carreira, apesar de ter trabalhado como técnico nos modestos Condeixa e Sport Lisboa, de Portugal, teve mais sucesso como observador técnico. Nessa função, passou por Braga, Sporting e Académica de Coimbra.
Em julho, durante a disputa da Taça FPF, toda a comissão técnica e jogadores foram ‘emprestados’ ao Guaratinguetá para a disputa a Série C. No parceiro atleticano, o técnico novato obteve quatro vitórias, quatro derrotas e um empate, e livrou o time de um iminente rebaixamento.
“Me surpreendi muito com ele. Juntou dois grupos e conseguiu rapidamente montar um time entrosado, onde a tática era fundamental. Jogava como um time de primeira, tocando a bola”, elogia o presidente do Guará, Edinilson Carneiro. “É um técnico que escuta, é simpático, carismático, respeitoso. Sabe a hora de dar bronca. Vai longe”, emenda o dirigente.
A escolha por Vieira também representa uma vitória do DIF sobre o diretor de futebol Paulo Carneiro, que têm ideias conflitantes. Um exemplo é o mais experiente Marcelo Vilhena, que treinou a equipe no Paranaense, permanecer como auxiliar e não como técnico, o que seria mais natural na situação.
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