O Atlético chegou ontem à noite de La Paz, onde foi eliminado da Libertadores pelo boliviano The Strongest, sem o técnico Miguel Ángel Portugal. Maior ameaçado com a queda do time na competição, ele teria ficado na Bolívia para resolver pendências pessoais.
Contratado para a equipe principal do Rubro-Negro por ter experiência internacional, o treinador não ganhou o apoio da torcida, teve desavenças com jogadores e não colheu os resultados esperados no Continental. Agora, depende de uma avaliação interna no clube para tentar se redimir no Brasileiro.
O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, confirmou em entrevista à ESPN que a eliminação no torneio sul-americano deve promover mudanças na equipe, sem nominar diretamente o comandante. "No Brasil, temos essa cultura de deixar os resultados a cargo só do treinador. Vamos avaliar a continuidade dos jogadores, de tudo", disse. Pelo menos na derrota em La Paz, na altitude de 3.660 m, Portugal teve a culpa amenizada. Mas não escapará de cobranças. "Precisamos conversar com a comissão técnica, entender o que aconteceu. Veja que o Vélez [Sarsfield] mandou o time reserva [para La Paz], porque não adiantaria", concluiu.
Motivos para a saída do técnico não faltam. A eliminação na primeira fase em um grupo fraco da Libertadores, é o principal deles. A experiência internacional de Portugal pouco acrescentou nessa campanha sem brilho.
Agora, restando dez dias para a estreia do Rubro-Negro no Brasileiro, que ocorrerá no dia 20, contra o Grêmio, em Florianópolis cumprindo pena pela selvageria da última rodada da Série A de 2013, em Joinville , pode pesar contra ele o raciocínio inverso, a falta de conhecimento na competição nacional.
A insatisfação de boa parte da torcida atleticana com o trabalho do treinador também pode influenciar na sua saída. A pressão para que ocorresse uma troca do comando técnico já era grande antes mesmo da derrota para o The Strongest e aumentou ainda mais com a eliminação da Libertadores. Até mesmo na rádio oficial do clube as críticas à falta de padrão de jogo do Furacão têm sido constantes.
A insatisfação pública de Adriano e Éderson com decisões do técnico durante os jogos também contribuem para minar o espanhol. Primeiro foi o Imperador quem não gostou de ser colocado para atuar nos minutos finais contra o Vélez Sarsfield, na Argentina. Fez questão de expor sua contrariedade por ir a campo já com o placar definido. A bronca ganhou eco em parte do elenco. Depois, em La Paz, o artilheiro rubro-negro no último Brasileiro deixou o gramado irritado. Não queria ser substituído enquanto companheiros pareciam sentir mais os efeitos da altitude do que ele.
Em sua defesa, Portugal que tem 50% de aproveitamento alega que teve de remontar um time que perdeu cinco titulares no fim do ano.
STF abre brecha para anulação de milhares de condenações por improbidade administrativa
“ADPF das Favelas” caminha para o fim, mas deixa precedentes graves de ativismo judicial pelo STF
A ousadia do crime organizado
Trump confirma Musk em órgão de eficiência governamental e fala em novo “Projeto Manhattan”
Deixe sua opinião