Novo "caso Nathan" opõe Atlético a empresário de Baier e Manoel

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Guilherme Schettine Guimarães, de 19 anos, é o novo Nathan do Atlético. O jovem atacante do time sub-20 está no início de um processo similar ao do meia de 18 anos, promessa formada no CT do Caju e que teve o contrato ampliado até 2017 por meio de uma liminar.

No caso de Guilherme, que chegou a disputar o Estadual neste ano, o Furacão entrou com o pedido de liminar na última sexta-feira e o juiz aguarda dez dias para um posicionamento do advogado do jogador.Caso não concorde com a renovação por dois anos, o próximo passo é a Justiça acatar provisoriamente o pedido atleticano, como aconteceu com Nathan, ou considerar, por agora, que o vínculo empregatício termina mesmo em 28 de fevereiro de 2015 – o que abre possibilidade de o avante firmar um pré-contrato com outro time.

"É um caso parecido com o do Nathan", admite o empresário do atacante, Neco Cirne desafeto do presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, desde a saída polêmica do meia Paulo Baier do clube - o Maestro cobra na Justiça do Trabalho uma rescisão de R$ 600 mil do clube. Desgaste reforçado pelo afastamento do zagueiro Manoel, resolvido com a transferência do jogador para o Cruzeiro.

Cirne alega que o Atlético não cumpriu um acordo de comprar 20% dos direitos econômicos do atleta por cerca R$ 500 mil e, por isso, ele não aceitou a renovação. Como o contrato estava perto do fim, então, o clube teria diminuído as chances de o jogador atuar.

"Nem tudo precisa ser decidido na Justiça. Queremos tentar uma coisa que seja boa para os dois lados", ressalta o agente, que diz ter dois times de Série A interessados em Guilherme.

Para o advogado do Atlético, Daniel Glomb, o caso não é apenas parecido, mas sim idêntico ao de Nathan, cujo desfecho parcial foi favorável ao Rubro-Negro. "É uma questão relativamente simples. o caso é igual e a prorrogação é benéfica ao jogador. O salário dele vai mais que dobrar", explica.

"As partes manifestaram vontade de um contrato de cinco anos, mas só é possível firmar por três anos por causa de uma regra da Fifa para menores de idade, cujo máximo é três. Por isso há a cláusula bilateral", completa o advogado, citando o caso do atacante Tiago Adan, que, segundo ele, acionou a renovação automática para continuar vinculado ao Atlético. Hoje ele treina separado do grupo principal, mas segue contratado e recebendo do clube.

"É a forma que o clube achou para passar por cima regra. Vamos estudar o que vamos fazer", contrapõe Décio Neuhaus, advogado de Guilherme Schettine, o novo Nathan atleticano.