O clássico Paratiba de número 98 deixou algumas lições que podem valer para o restante da temporada. A Gazeta do Povo selecionou cinco desses ensinamentos para Coritiba e Paraná que ficaram claro com o 3 a 0 no Couto Pereira. Acompanhe:
1. Arbitragem pode definir um jogo
O pênalti que não existiu do volante Jean sobre o atacante Ortega, marcado para o Coritiba, influenciou decisivamente no jogo. Se o primeiro tempo acabasse empatado sem gols, a pressão ficaria com os donos da casa no intervalo e o segundo tempo poderia ser diferente. O que não quer dizer que o Coxa não jogou melhor do que o Paraná. Jogou, mas a arbitragem foi decisiva também.
2. Salário em dia ajuda
Qualquer jogador de futebol que está com os salários atrasados garante que se dedica da mesma forma no jogo e isso normalmente é verdade. O problema está na preparação para a partida, quando os atletas não conseguem focar apenas nos treinos por causa dos problemas financeiros. Após uma série ruim de resultados, coincidência ou não, bastou o dinheiro entrar na conta dos jogadores do Coritiba para o reflexo ser visto dentro de campo.
3. Kleina precisa de tempo
A pressão em cima do técnico do Coxa, Gilson Kleina, começou assim que ele foi anunciado, no final do ano passado. Existia uma preferência da torcida pelo interino Pachequinho, um dos responsáveis por evitar o rebaixamento no ano passado, e uma desconfiança em relação aos últimos trabalhos de Kleina. Com o início de ano e alguns resultados ruins, a pressão só aumentou. Porém, bastou o treinador ter mais opções de jogadores à disposição e uma semana de treinos para a equipe melhorar.
4. Paraná precisa de reforços
O início avassalador do Tricolor pode ter deixado a impressão de que já tinha um bom time para a disputa da Série B. O Paratiba mostrou que não é bem assim. Apesar de ter bons titulares, o elenco paranista ainda deixa a desejar. Basta ver a falta que tem feito o artilheiro do time, Lúcio Flávio. Toni, o substituto, ainda não justificou a sua contratação.
5. Primeira fase às vezes engana
Mesmo com o Paraná tendo vencido seis dos sete jogos anteriores, o Coritiba foi superior no clássico. No começo do ano as equipes ainda estão acertando e é normal essa oscilação. Exemplos de outros anos já mostraram que é preciso avaliar a fase classificatória do Paranaense com cautela. Em 2014, o próprio Tricolor terminou essa fase em primeiro e foi eliminado pelo Atlético, oitavo colocado, nas quartas de final. No ano passado, o Coxa foi vice-campeão e o Atlético disputou o Torneio da Morte no Paranaense. No Brasileiro, a situação se inverteu, com o Furacão na frente do Alviverde.
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