Derrotado pelo Coritiba, o Bangu sofre até os dias atuais com o pesadelo de quase ter sido campeão brasileiro em 1985. Uma glória que o clube da zona oeste do Rio de Janeiro não ousa nem sonhar.
“O Bangu foi definhando com o tempo. Hoje tem uma sede caindo os pedaços, um estádio [Moça Bonita] caindo aos pedaços, tudo aos pedaços”, conta Carlos Molinari, 35 anos, historiador do clube, autor do Almanaque do Bangu.
Atualmente na 1.ª Divisão do Carioca, o Alvirrubro abandonou as competições nacionais a partir de 1996, apesar de algumas aparições nas Séries C e B. O motivo alegado pelas diretorias que se sucederam no poder é de que as disputas não são rentáveis para a agremiação.
“Não há interesse algum. O Bangu até teve chance de jogar a Série D recentemente, mas perdeu um jogo que o goleiro deu dois tapas para dentro do gol”, afirma o torcedor.
Para o especialista em Bangu, uma vitória sobre o Coxa em 1985 representaria mais um feito histórico, um orgulho, do que a sobrevivência do clube. Um exemplo é o Guarani, campeão em 1978 que há anos beira a insolvência.
“Representaria uma empolgação, claro. Mas não seria garantia de nada. Talvez a imprensa olhasse com mais carinho para o clube, não deixasse acontecer o que aconteceu com os problemas de gestão”, aponta.
Entretanto, a grande mudança na vida do clube ocorreu quando começou a ruir o império do bicho de Castor de Andrade, patrono do Bangu. Em 1993, o folclórico contraventor foi preso e, a partir daí, abandonou o time.
As campanhas dos anos 80 foram todas bancadas pelo dinheiro das apostas ilegais. Grana que Castor não economizava na contratação de jogadores e premiação, entre outras situações extrabola.
O poder financeiro do bicheiro poderia, inclusive, ter decidido o título de 1985. “Há um boato aqui em Bangu que o Romualdo Arppi Filho [árbitro da decisão] teria pedido um apartamento para o Castor, que não aceitou. Mas ninguém prova”, fala Molinari.
Apesar de todo o sofrimento, o Bangu considera que o título ficou em boas mãos. “O Coritiba tem uma torcida gigante, um estádio gigante, foi merecido. Mas o fato é que não jogou nada naquela noite no Maracanã”, fecha.
Leia mais sobre os 30 anos do título brasileiro do Coritiba
Textos
Há 30 anos, o maior do mundo foi coxa-branca
Festa da torcida coxa-branca no Rio teve invasão de gramado e show com mulatas
Veja o pôster e descubra que fim levou cada jogador Coxa campeão em 85
Decisivo para o título brasileiro do Coxa, Lela hoje vive isolado
Historiador diz que final de 85 não alterou triste destino do Bangu
Carneiro Neto: Coritiba no Paraíso
Infográfico
Scout mostra vitória do ”futebol de resultado” do Coritiba sobre “jogo bonito” do Bangu
Vídeos
Relembre como o Coritiba conquistou o Brasileiro de 1985
Prefeito Gustavo Fruet invadiu o gramado do Maracanã
Chefe atleticano deu dispensa para ir ao jogo decisivo
Antes de sofrer com o Coxa, teve show de mulatas à noite
Coxa-branca lembra de confusão com torcida do Bangu
Líder da Mancha recorda tensão com o Coxa na decisão
Fotos
Baixe o wallpaper do pôster de campeão brasileiro do Coritiba
Fotos de 12 jogos do Coritiba no título brasileiro de 1985
Torcida do Coxa festeja no centro de Curitiba após título
Campeão em 1985, Coritiba recebe homenagem da ALEP, FPF e Clube Cultural
Evangelino e Ênio Andrade no Couto Pereira em 1985
Cenas da torcida do Coritiba no título brasileiro de 1985
Coritiba embarca no Afonso Pena em 1985
Festa do título brasileiro do Coritiba invade a Marechal Deodoro em 1985
37 fotos do Lela Careta no Coxa 1985. Relembre!
Fotos do goleiro Rafael na campanha do título do Coritiba em 1985
Na Marechal Deodoro, caravana do Coxa parte rumo ao Rio de Janeiro em 1985
Interatividade
Desbrave no mapa interativo a Curitiba do Coxa campeão de 1985
Diário de 85
Relembre os 30 dias que antecederam o título brasileiro do Coritiba em 1985
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Deixe sua opinião