Na composição com a prefeitura sobre o destino da Vila Capanema, o Paraná propôs a construção de uma arena para 40 mil pessoas ao custo de cerca de R$ 100 milhões. A nova casa paranista seria erguida onde é a Vila Olímpica, outra sede do clube, no Boqueirão.
“O Paraná fez essa proposta, com orçamento preliminar. Mas depende da União e do clube, não vou ficar numa discussão que não tem fim. Da nossa parte, apresentamos uma possível engenharia”, afirma o prefeito Gustavo Fruet (PDT).
Na quarta-feira (15), o Tricolor sofreu um revés na batalha que trava com a União pelo direito de posse do terreno da Vila Capanema em audiência no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4).
O Tricolor tentava recorrer de uma decisão favorável conquistada pela União, proferida pela Justiça Federal em 2013, que garante a posse do terreno ao governo federal e determina a desocupação da área onde está o estádio por parte do clube. O julgamento acabou suspenso e o resultado não é definitivo.
Na engenharia com o Paraná, a prefeitura ficaria com o terreno da Vila Capanema, onde construiria um complexo administrativo avaliado em R$ 400 milhões, erguido com parceria público-privada (PPP). Em troca, o Tricolor ganharia o estádio no Boqueirão.
“A prefeitura só pode entrar na Vila Capanema se tiver a posse, a propriedade, desde que não haja nenhum conflito judicial, para lançar um edital de uma PPP e entrar um empreendedor que tope bancar”, comenta o prefeito Fruet.
Na terça-feira (14), em entrevista à Gazeta do Povo, o advogado do Paraná, Márcio Nóbrega, reclamou da atuação da prefeitura no caso: “Nós entendemos que ela deveria participar do processo, mas eles entenderam que, por questões técnicas, não deveriam. O prefeito [Gustavo Fruet] não mexeu uma palha”.
O Tricolor correu para desfazer o mal-estar, após a prefeitura lançar nota contestando Nóbrega. E prometeu visitar Fruet para tratar da questão.
O prefeito reforça o interesse no terreno da Vila: “Não vou entrar em discussão com advogado, tem uma questão maior. Tentamos uma composição de interesse da cidade, é uma área para o futuro de Curitiba que tem de ser muito bem avaliada”.
Por fim, Fruet trata do valor simbólico do estádio que já pertenceu ao Ferroviário e ao Colorado. “Tem um aspecto inestimável. Qual o valor da Vila Capanema? Se formos ao mercado imobiliário, saberemos. Mas o valor sentimental é incalculável.”
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