O presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou insatisfação com a ação da Justiça norte-americana na sede da Fifa, em Zurique, na quarta-feira. O mandatário russo acusou os Estados Unidos de interferirem no caso com o objetivo de “roubar” da Rússia o direito de sediar a Copa do Mundo de 2018.
Em uma entrevista para um canal russo, Putin disse que achou “estranho” o fato de a investigação ter sido iniciada por autoridades dos Estados Unidos. Ele alegou que o caso não envolve cidadãos americanos e não teria sido cometido naquela país. Na verdade, dois dos 14 denunciados pelos procuradores norte-americanos tem cidadania americana.
Além disso, as investigações também estão sendo conduzidas pela Justiça suíça, que investiga especificamente suspeitas de corrupção no processo de escolha das sedes das Copas de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar.
Putin insinuou que a investigação envolvendo membros do Comitê Executivo da Fifa seria uma tentativa de atingir o presidente Joseph Blatter, por ter apoiado a eleição da Rússia para receber o próximo Mundial. “É mais uma tentativa de prejudicar a reeleição do presidente Blatter”, afirmou o presidente russo.
Os Estados Unidos tentaram sediar a Copa de 2022, no processo eleitoral realizado no fim de 2010, mas não tiveram sucesso. Após ser derrotado pelo Catar, o país tem boas chances de ser escolhido para sediar a Copa de 2026 - seria sede do Mundial pela segunda vez, após receber o evento em 1994.
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