Pelo que mostrou, o Coritiba seguirá atormentado pelo fantasma do rebaixamento até as últimas rodadas do campeonato. Ontem, diante de um São Paulo fisicamente desgastado, taticamente desorganizado e com Rhodolfo expulso, o time coxa-branca abriu o placar, mas não conseguiu sustentar o resultado de vitória.

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O Coxa foi atrapalhado no meio de campo, permitindo que o São Paulo trocasse passes. No lance do gol, a zaga permitiu que, em ação individual, Lucas passasse e tocasse para Osvaldo finalizar com sucesso.

O resultado não pode ser considerado bom porque empatar em casa deixou de ser interessante ao Coritiba. Não pode ser considerado ruim porque, pelas circunstâncias, um pontinho pode ser importante na luta travada para permanecer na Série A. O técnico Marquinhos Santos tentou oferecer maior ofensividade, porém Lincoln e Roberto constituíram-se em figuras decorativas no ataque. Everton Ribeiro brilhou apenas na cobrança da penalidade. Rafinha, este sim, retornou mostrando que é disparado o melhor jogador do Coxa.

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Recuperação

Tardia, porém atendendo a suas reais pretensões nesta temporada, veio a recuperação do Paraná, que apenas almeja manter-se na Série B. É uma triste realidade para o coraçãozinho do apaixonado torcedor, mas é a proposta que sobrou a um clube prejudicado pela verba exígua que recebe da televisão – por não possuir o mesmo apelo popular da dupla Atletiba –, em situação agravada pelas administrações caóticas dos últimos anos.

Pelo menos o Toninho Cecílio apresentou um novo formato defensivo, com des­taques para o zagueiro Vandi­nho, que teve atuação superior, a maior movimentação na meia-cancha e, finalmente, o golaço de Alex Alves, que premiou o esforço de quem foi amplamente superior na etapa final.

Leão reclamou após a partida que seu time perdeu para um adversário tecnicamente inferior. Não vi nada especial no São Caetano que pudesse referendar a opinião do técnico.

Comprometimento

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Na última partida como mandante, a torcida atleticana bateu o recorde no Janguitão e apoiou o time que venceu, mesmo levando sufoco do Ceará no segundo tempo. No último sábado, enfrentando o fraco Bragantino, em vez de um time de guerreiros, procurando a vitória do começo ao fim, o que se viu do Atlético foi uma completa falta de comprometimento com a causa da ascensão.

No primeiro tempo, um time insosso, descosido e sem proposta ofensiva clara, castigado no fim por um gol surpreendente. Melhorou um pouco na etapa derradeira, bem pouco. Longe de atender às necessidades de um clube que possui o maior orçamento financeiro da Série B, o Atlético não consegue superar contendores medíocres como o Bragantino.

A falha grosseira de Manoel no lance que liquidou o Furacão foi apenas mais um capítulo em sua trajetória de zagueiro inconstante.