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A nova Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF) – nomeada na semana passada, em meio à suspeita de corrupção no apito estadual – nasceu em desacordo com as orientações da Fifa, segundo reportagem de Rodrigo Fernandes, da Gazeta do Povo.

Segundo o órgão que dita as regras do esporte no planeta, faz-se obrigatória a presença de ex-árbitros ("com vasta experiência") na cúpula do apito. A decisão aparece na circular 763, divulgada em julho de 2001, mas não prevê sanções específicas para quem a contraria.

Após a crise do "Bruxo" (alcunha do responsável por operar o suposto esquema de compra de arbitragem), a FPF colocou à frente da arbitragem três dirigentes sem nenhuma história como juiz de futebol: Henrique Mehl, Dilon Valdrigues e Paulo César da Silva.

"Foi uma decisão emergencial, feita em cima da hora. Ficou complicado encontrar alguém para dar essa contribuição. Na história da Federação, sempre tivemos pessoas ligadas à função no comando deste departamento", disse Onaireves Moura, presidente da FPF.

"Passado esse período de investigações, poderemos voltar com o Valdir de Souza (o ex-chefe da Comissão que pediu afastamento, assim como outras cinco pessoas ligadas a ele, durante o inquérito do mensalão). Também estudaremos trazer alguém especializado na área. É preciso se restabelecer antes de buscar um nome", completa.

José de Assis Aragão, atual presidente da Associação Nacional dos Árbitros (Anaf), lamenta a falta de isenção. "Com certeza estão colocando gente ligada de alguma forma às equipes. Infelizmente, essas pessoas podem agir com o coração e não com a razão", adverte. Paulo César da Silva surge como candidato à presidência do Paraná; e Dilon Valdrigues veio do Combate Barreirinha, time amador de Curitiba.

Nesta quinta-feira, às 14 horas, na sede da Federação, ocorre o sorteio da escala de árbitros para a primeira rodada da segunda fase na Série Prata (Segunda Divisão do Paranaense). Será a primeira ação efetiva da nova comissão, ainda em desacordo com as orientações da Fifa.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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