O pacote de mudanças no departamento de futebol do Coritiba é cercado de expectativa. Para entrar nos eixos, e tentar salvar os meses que restam no ano do centenário, João Carlos Vialle foi alçado da gestão de Giovani Gionédis, opositor da atual diretoria. Com Vialle deve chegar Maurício Cardoso, que também teve papel importante no futebol do Coxa na administração passada.
No comando técnico, Ney Franco assume o lugar de René Simões, demitido no domingo. Mas será suficiente? Colunistas e ex-jogadores acreditam que não. Para eles, o Coxa terá de centrar as atenções na luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Nada de festa e grandes ambições dentro de campo.
O colunista da Gazeta do Povo, Carneiro Neto, acredita que as novidades podem ajudar, mas, segundo ele, o problema do Coritiba é muito maior do que a troca de nomes no departamento de futebol. "Eu acho as mudanças positivas, mas nada fora do normal. O Vialle conhece do assunto, tem personalidade para o cargo. O Ney Franco é um estudioso, já conhece a realidade do futebol do Paraná. Dos que havia no mercado foi a melhor escolha. O problema é que o Coritiba esperou demais mexer no departamento de futebol", disse o colunista.
"Mesmo que tardiamente, a diretoria tomou as medidas necessárias. Neste momento, é hora de esquecer as festas e tranformar o centenário em bola na rede", lembrou Airton Cordeiro, colunista da Gazeta do Povo.
Para o comentarista da rádio Globo-CBN, Capitão Hidalgo, o retorno de Vialle é um risco para a imagem do próprio dirigente. O ex-zagueiro do Verdão nos 70, que trabalhou no clube na gestão Gionédis, disse que não basta mudar os dirigente da bola se o elenco não for reforçado. "Não é possível fazer milagre. Temo que a vinda do Vialle sirva apenas para tapar buraco. Tinham de ter feito isso antes", afirmou Hidalgo, considerando atual diretoria inexperiente quando o assunto é ligado à bola.
"O Coritiba demorou em ter postura parecida com a que o Atlético tomou. O Atlético deu força ao diretor de futebol, Ocimar Bolicenho, e afastou os jogadores que causavam rachas no grupo. Agora, tem de ver se dá resultado prático. Com o Ney Franco é um bom começo", completou Carneiro Neto.
Apesar do passado Rubro-Negro, quando treinou o Atlético-PR, entre 2007 e 2008, na maioria, os torcedores coxas-brancas gostaram da escolha da diretoria. "O Ney é um excelente técnico, não é porque ele treinou o Atlético que ele não seja profissional. Prova disso é ele ter treinado o Flamengo e o Botafogo. Campeão da Copa do Brasil pelo Flamengo e conseguiu o primeiro turno do carioca pelo Botafogo", avaliou o internauta Jorge em comentário enviado à Gazeta do Povo.
No entanto, o otimismo da torcida pode esbarrar na parte financeira. Pelo menos esse é o raciocínio do vereador de Curitiba Aladim Luciano. Ex-jogador do Coritiba nos anos 70 e 80, ele está preocupado com a notícia de que a premiação aos jogadores está atrasada.
"Primeiro temos de reforçar o elenco, e se o cara não se empenha tem de ser mandado embora. Se for problema de salário, o Vialle sabe lidar com isso. Conheço bem a personalidade dele. Ele era o médico do time quando eu estava no Coritiba. Desde aquela época ele já tinha pulso firme. Se o problema for má vontade do jogador, ele já afasta aqueles que estiverem insatisfeitos", avisou Aladim.
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