Aquilino Romani vê fatores positivos e negativos no Paraná, mas prevê melhora e pede apoio do torcedor em 2010| Foto: Hedeson Alves / Agência Gazeta do Povo

Ânimos acirrados em Porto Alegre

Depois do empate em 1 a 1 com o Cerâmica-RS na estreia pela Copa do Brasil, o Paraná ainda teve de acalmar os ânimos do seu principal jogador. O atacante Marcelo Toscano não escondeu o descontentamento, depois de mais uma partida em que a bola não chegou até ele, e teve de ser acalmado pelos dirigentes tricolores. O nervosismo do camisa 9, de acordo com Aquilino Romani, não chegou a surpreender.

"O time tem jogado bem, mas falta fazer o gol, só isso. É algo que nos preocupa, eu mesmo vi o Toscano bravo com o pessoal, já que a bola não chega, porém interpreto como algo positivo essa ‘briga’ para vencer, todos querendo crescer. A equipe tem potencial, alguns como o Chicão já surpreenderam, ainda acreditamos muito no Élvis e infelizmente perdemos o Bruninho", comentou.

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Paraná Clube inicia uma temporada sem ganhar a confiança do seu torcedor. Assim como nos anos anteriores, o futebol apresentado pelo Tricolor no início de 2010 não agradou e já gera muita desconfiança a respeito do que o clube vai de fato disputar. Ciente deste panorama, o presidente paranista Aquilino Romani garantiu que a diretoria percebeu que há carências e a procura por reforços está aberta.

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"A nossa comissão técnica vem trabalhando bem, viajei com a delegação para Porto Alegre e nós conversamos bastante. Sabemos da necessidade de trazer mais alguns atletas, de dois a três nomes, mas estamos trabalhando com os pés no chão. Não adianta trazer e não ter condições de pagar. Temos vários jogadores em pauta, as contratações vão aparecer, dentro das nossas possibilidades", disse Romani, por telefone, à Gazeta do Povo.

Acerca do tema, o mandatário do Paraná descartou de uma vez por todas a possibilidade de liberar o lateral-esquerdo Pará ao Avaí. Segundo ele, o jogador tem contrato até dezembro com o clube e só poderia ser liberado mediante a vinda de jogadores "para resolver", o que não é o caso, uma vez que o time catarinense e a LA Sports, gestora do futebol do Avaí e antiga parceira paranista, não ofereceram nomes que agradaram.

"Os nomes que eles ofereceram (zagueiro Odair e o atacante Roberto) não nos interessam. A comissão técnica quer a permanência do Pará e nós o manteremos. De atletas para ficar no banco nós não precisamos", completou Aquilino Romani. O clube ainda quer um zagueiro, um meia e um atacante para a sequência do Campeonato Paranaense. Enquanto isso, a diretoria avalia de forma positiva os trabalhos até aqui, reconhecendo que é preciso melhorar.

"Nós queríamos ganhar lá e vir classificar na Copa do Brasil, mas não foi possível. Ainda assim o resultado é favorável para jogarmos em casa. O time deles (Cerâmica-RS) é bem organizado, com atletas experientes e não nos deu a facilidade alguma. Esses times dão o sangue neste torneio, veja que praticamente ninguém conseguiu se classificar direto. As dificuldades são grandes, sabemos o que precisa melhorar e estamos trabalhando duro nisso", garantiu.

Aquilino Romani pediu ainda um novo voto de confiança da torcida tricolor, uma vez que só com a ajuda do torcedor, indo ao Durival Britto e se associando ao clube, é que será possível levar o Paraná a sua auto-suficiência.

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"O torcedor tem que saber que a gente está trabalhando, mas o pessoal também tem que nos ajudar. Como já temos pedido, precisamos de mais do que aqueles 3 mil, 4 mil por partida, isto nos dá prejuízo. Precisamos também aumentar a quantidade de sócios, a torcida tem que vir e atuar conosco. Ninguém aqui é remunerado, muito menos mágico, então só reclamar não ajuda. É preciso se associar, e não ficar culpando o passado. Temos que olhar para frente", concluiu.