A linha de financiamento de 1 bilhão de reais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor hoteleiro visando a Copa do Mundo de 2014 terá prazo de até 18 anos para amortização.
Segundo o diretor do BNDES Élvio Gaspar, o programa BNDES ProCopa Turismo terá condições de financiamento similares a projetos de infraestrutura e de capital intensivo, como rodovias, ferrovias e hidrelétricas, entre outros.
"É um programa generoso", disse Gaspar a jornalistas. "Isso é tão importante para o Brasil que decidimos dar um tratamento equivalente aos projetos estruturantes do país", acrescentou.
O BNDES criou duas classificações para conceder empréstimos ao empreendedores do setor: hotel eficiente energético e hotel sustentável. A certificação que vai classificar o perfil do empreendimento será feito pelo Inmetro.
Dependendo do perfil do hotel, o prazo de financiamento do banco pode chegar a 18 anos. As linhas convencionais para o setor de turismo eram de, no máximo, 8 anos, segundo Gaspar.
A participação do banco no empréstimo subiu de 60 para 80 por cento do financiamento total necessário e as taxas de juros cobradas serão de 6,9 por cento ao ano mais risco de crédito do banco para máquinas e equipamentos e de 7,8 por cento mais risco financeiro para os demais itens.
"Essas taxas só não são menores que as taxas cobradas de financiamentos para inovação tecnológica", afirmou o diretor do BNDES, acrescentando que os financiamentos inferiores a 3 milhões de reais serão feitos pelo BNDES via agentes financeiros.
O governo federal já lançou outros programas de apoio visando a Copa de 2014 e a Olimpíada do Rio de 2016, como mobilidade urbana, arenas esportivas e capacitação profissional.
"Essa parceria entre BNDES e iniciativa privada é importante e um dos pilares do Brasil para Copa e as Olimpíadas. A preocupação é melhorar o setor de turismo", disse o ministro do Turismo, Luiz Barreto.
"A infraestrutura aeroportuária e portuária são nossos próximos desafios e eles vão ser bem tratados também", acrescentou.
O programa do BNDES para os setor hoteleiro, no entanto, recebeu críticas da iniciativa privada.
"O volume de 1 bilhão de reais é muito pouco para atender a demanda do setor. Nosso pleito era de 3 bilhões", afirmou o diretor financeiro da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Alexandre Sampaio Abreu.
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