Por parceria, Coxa cederia parte dos direitos de atletas

As dificuldades financeiras deverão fazer com que o Coritiba anuncie nos próximos dias uma parceria com o empresário Na­­din Andraus, dono do clube curitibano Andraus Brasil. O acordo, que está sendo tratado há algumas semanas entre Andraus e o diretor de futebol do Alviverde, Homero Halila, funcionará como uma espécie de fundo de investimentos.

Num primeiro momento, o empresário repassará um certo valor para o Alviverde equilibrar as contas e receberá, em troca, uma participação nos direitos econômicos de alguns atletas. Depois, o parceiro também terá função de ajudar o Coritiba financeiramente a trazer reforços.

Embora o Alviverde se negue a falar sobre o assunto, o acordo só não teria sido oficializado ainda pois Nadin teve de viajar para o exterior, de onde só retornará na próxima terça-feira. As partes já se reuniram em três ocasiões e inclusive o nome de alguns jogadores teriam sido discutidos para fechar o negócio.

Pedro Ken, Ariel e William te­­riam parte dos direitos que pertencem ao Coxa cedidos a Andraus – entre 20% e 30%. Em contrapartida, Alviverde receberia R$ 2 milhões e parte dos direitos de Geraldo, um jogador angolano de 17 anos que treina no profissional do Coxa e é tido como grande promessa.

A notícia da parceria surge juntamente com a informação de que o Coritiba teria ficado boa parte do mês passado com o salários de seus jogadores atrasados. Em junho, por falta de fluxo de caixa, o Alviverde teve de pagar seus atletas em três vezes.

Além disso, há a necessidade de renovar com alguns jogadores tidos como imprescindíveis no elenco, os casos dos paraíbas Car­­linhos e Marcelinho. O primeiro já rejeitou uma proposta de aumento salarial do Coxa e, se não acertar a renovação, em setembro poderá assinar pré-contrato com qualquer outro clube. O segundo, embora tenha vínculo até o fim do ano, deve receber um aumento para que não deixe o Alto da Gló­­ria na janela que se fecha no fim do mês.

Embora os empresários de Marcelinho acenem com uma proposta do exterior (Emirados Árabes), o capitão já teria se comprometido com a diretoria e acertado verbalmente o reajuste e a permanência até março de 2010.