Das doze medalhas de ouro brasileiras conquistadas até agora nos Jogos Pan-Americanos, quatro, exatamente um terço, tiveram a participação do nadador Thiago Pereira. São exatamente estas medalhas que estão fazendo a diferença na disputa pelo segundo lugar na classificação geral contra o México. Nesta quarta-feira (19) o "Senhor Pan" conseguiu mais um ouro, agora nos 200 metros medley, igualando-se a Hugo Hoyama na história com dez conquistas.
No quadro geral de medalhas, o Brasil terminou a quarta-feira somando dois ouros, duas pratas e dois bronzes, alcançando agora 12 ouros, 11 pratas e 13 bronzes. O México, principal adversário, estacionou nos noves ouros, enquanto os líderes Estados Unidos seguem disparados com 32 vitórias.
Na mesma prova em que Pereira igualou o recorde, os 200 metros medley, o paranaense Henrique Rodrigues ficou com o bronze, mesmo tendo parado por 1 mês depois do Mundial de Esportes Aquáticos em julho.
Não foi a única medalha conquistada na natação nesta quarta, pois o revezamento 4 x 200 livre garantiu uma prata. Entraram na piscina pelo Brasil os nadadores André Schultz, Nicolas Oliveira, Leonardo de Deus e ele, Thiago Pereira, responsável por ultrapassar a Venezuela nas últimas parciais e garantir a segunda posição e garantir a medalha prateada, com a equipe ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que abriram ampla vantagem.
O primeiro ouro do dia veio com o tiro esportivo brasileiro batendo recorde. A major do Exército Ana Luiza Ferrão venceu a final da prova de pistola 25 metros. A carioca, que já tinha presença assegurada na Olimpíada de Londres, marcou 203,9 pontos, estabelecendo o melhor rendimento da história da competição. Em segundo lugar ficou Sandra Uptagrafft, dos Estados Unidos, com 199,8, e, em terceiro, a venezuelana Maribel Pineda, com 197,8.
No masculino, Robert Schimits ficou com o bronze na modalidade fossa olímpica, ao terminar a prova com 143 pontos, dois a a menos do que o colombiano Danilo Caro, que ficou com a prata; e três atrás de Jean Pierre Brol, da Guatemala, que conquistou a medalha de ouro. Na mesma prova, o paranaense Rodrigo Bastos, ficou apenas com a décima colocação, somados 117 pontos.
A primeira disputa de ouro do Brasil nas modalidades coletivas foi conquistada também nesta quarta-feira, com as meninas do vôlei. Em um novo encontro com a República Dominicana, contra quem estreou, no domingo, e havia vencido por 3 sets a 1 (no jogo que ficou marcado pela lesão de Jaqueline em um choque com a líbero Fabi), as brasileiras venceram por 3 sets a 0. As parciais foram de 25/19, 25/18 e 25/23. As brasileiras enfrentarão Cuba , algozes na decisão do Pan do Rio 2007, na decisão.
Já o handebol feminino, mais uma vez, venceu com facilidade. Depois das goleadas sobre Estados Unidos e Uruguai, a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak venceu a República Dominicana por 32 a 18. A partida serviu para aumentar o moral das brasileiras, que já tinham garantido vaga na semifinal, na sexta-feira (21).
Atual campeã mundial e aposta de topo de pódio no México, a remadora Fabiana Beltrame, lamentou a medalha de prata na disputa final do single skiff peso leve, derrotada pela americana Jennifer Goldsack. Fabiana ficou quase sete segundos atrás da campeã, que cumpriu o percurso 7min48s77, contra os 7min55s42 da brasileira. O bronze ficou com a cubana Yaima Velasquez.
Apesar de dizer-se insatisfeita com o resultado, ainda assim, foi mais um feito histórico o da remadora: é a primeira medalha de uma brasileira no remo em Pans. "O ouro está engasgado, mas estou feliz por ter conseguido uma medalha inédita. Estava no auge no Mundial, acho que aqui caí um pouquinho", afirmou. Assim o remo brasileiro despede-se de Guadalajara com duas pratas.
Em sua estreia na competição, a seleção masculina sub-20 de futebol ficou no empate em 1 a 1 com a Argentina, sob as vaias de quem compareceu ao estádio Ominilife. O Brasil saiu na frente, aos 17 minutos do segundo tempo, com Henrique, que invadiu a área e chutou cruzado. Mas, aos 28 minutos, sofreu o empate: Araújo também chutou cruzado, quase sem ângulo de definiu o placar. O técnico brasileiro Ney Franco, após a partida, repetiu as reclamações feitas pelo time feminino, na véspera, sobre o gramado, que é sintético. "É para jogo de velhinhos de 70 anos, após o chopinho", referiu-se ao piso artificial.
Depois do tropeço na terça-feira, quando foram surpreendidos e perderam para os cubanos Gonzalez e Piña, os brasileiros Alison e Emanuel se recuperaram com a vitória sobre os dominicanos Perez e Recio por 2 sets a 0 (21/13 e 21/12) e seguiram às quartas de final no vôlei de praia. Já a dupla feminina Juliana e Larissa está semifinal, depois de enfrentar sua partida mais dura no Pan. Esta tarde, venceram a dupla canadense Bansley/Maloney e estão a duas vitórias do bicampeonato. Com parciais 21/15 e 21/16, seguem sem ter perdido nenhum set na disputa. Na semifinal, as brasileiras enfrentam o time porto-riquenho Santiago/Yantin.
Mais experiente entre os tenistas brasileiros dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, o paulista Ricardo Mello venceu o chileno Nicolas Massú, campeão olímpico de simples e duplas em Atenas-2004, de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 1-6, 6-2 e 6-3. Com o resultado, Mello se juntou ao também brasileiro Rogério Dutra Silva nas quartas de final do Pan na tentativa de obter a terceira medalha de ouro consecutiva do Brasil no tênis do Pan. Dutra Silva bateu o norte-americano Greg Oullette por 2 sets a 0 (6-4 e 7-5).
No nado sincronizado, a equipe brasileira ficou com o terceiro lugar na rotina técnica, que representa metade da pontuação que definirá as medalhistas da prova. A equipe formada por Maria Bruno, Joseane Costa, Nayara Figueira, Lorena Molinos, Pamela Nogueira, Maria Eduarda Pereira, Giovana Stephan e Lara Teixeira, além da reserva Jéssica Gonçalves, recebeu 43.750 pontos em execução e 43.875 em impressão geral, somando 87.625 pontos.
As canadenses, favoritas na prova, ficaram em primeiro lugar, com 94.875, seguidas pelas norte-americanas, que somaram 89.750. As brasileiras voltam à água nesta sexta-feira, dia 21, para a rotina livre, cuja nota será somada à da rotina técnica.
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