Teerã - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, renovou as ameaças às potências mundiais e disse, em um desfile militar na capital Teerã, que os militares iranianos vão "cortar as mãos" de qualquer um que atacar o país.
A nova ameaça amplia a tensão pela participação de Ahmadinejad na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa hoje em Nova Iorque e onde deve ressaltar, segundo Teerã, "uma mensagem de paz e amizade".
"As Forças Armadas iranianas cortarão as mãos de qualquer agressor antes que ele possa apertar o gatilho", afirmou Ahmadinejad em discurso durante um desfile transmitido pela televisão estatal para relembrar o início da Guerra entre Irã e Iraque em setembro de 1980.
"Nenhuma potência mundial ousará atacar o Irã agora que somos mais experientes e poderosos do que nunca", afirmou Ahmadinejad, destacando que a capacidade militar do país é apenas "defensiva".
O desfile exibiu pela primeira vez os mísseis Sejil, que utilizam combustível sólido. Uma esquadrilha de aviões de combate Saegheh, também de fabricação iraniana, sobrevoaram o desfile militar.
A agência de notícias iraniana Irna afirmou que um dos aviões caiu sobre o sul de Teerã, mas depois retirou a informação sem dar mais detalhes.
Ahmadinejad aproveitou a ocasião para reforçar sua posição rígida quanto à não negociação de seu programa nuclear.