Os ministros de Relações Exteriores da Alemanha e o do Qatar condenaram, neste sábado, 17, a escalada da violência no Egito, e pediram o diálogo político para evitar mais derramamento de sangue no país africano. "Estamos profundamente tristes com a violência contínua no Egito", disse o ministro alemão, Guido Westerwelle.
"Não há outra solução para o Egito que não seja o diálogo, incluindo todas as forças políticas. Caso contrário, mais sangue será derramado, o que indica o perigo de uma guerra civil", complementou. Westerwelle também fez novos apelos para a "proteção da comunidade cristã".
"Nós no Qatar estamos extremamente preocupados com o elevado número de vítimas", afirmou Attiya, que também pediu o fim da violência, o diálogo entre todas as partes, e a liberdade de presos políticos. O Qatar é um dos principais países que apoiam a Irmandade Muçulmana no Egito, a qual pertence o presidente deposto Mohammed Mursi.
Desde a deposição de Mursi, seguidores da Irmandade vêm aumentando os enfrentamentos com forças da nova liderança. Os islâmicos convocaram uma semana de protestos contra o governo, em desafio ao estado de emergência recentemente declarado no país. As manifestações se intensificaram desde a última quarta-feira, 14, após ataque de forças de segurança em dois acampamentos de simpatizantes de Mursi no Cairo.
- Egito: após tiroteio, manifestantes são retirados de mesquita
- Jornalistas são presos e agredidos no Cairo
- Exército e partidários de Mursi trocam tiros em mesquita no Cairo
- Premiê egípcio defende dissolução da Irmandade Muçulmana
- Autoridades egípcias prendem irmão do líder da Al Qaeda
- Filho de líder religioso é morto durante confronto no Cairo