Veja que a Anvisa anunciou novas medidas para bloquear entrada da gripe no país

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Funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) vão acompanhar voos originados de mais três países considerados sob suspeita de disseminação da gripe suína. Aeronaves procedentes do Reino Unido, Espanha e Nova Zelândia também serão avaliadas, segundo a gerente de meios de infra-estrutura e meios viajantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carla Freire Baeta.

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De acordo com Carla, dos países considerados afetados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - Estados Unidos, México, Canadá, Espanha, Reino Unido e Nova Zelândia - o Brasil recebeu aproximadamente 41 voos desde que o alerta foi divulgado. Nesta terça-feira (28), as companhias áreas e a Anvisa combinaram os procedimentos para evitar que o vírus da gripe suína entre no Brasil.

As tripulações de aeronaves nas quais passageiros apresentem sintomas da doença devem informar os casos às autoridades de saúde. "Definimos questões específicas: como será feita a comunicação, como será feito o taxiamento no aeroporto, que providências serão tomadas, quais as pessoas que terão contato direto com o avião que possa ter algum caso suspeito", disse o gerente geral da Anvisa, José Agenor Alvares da Silva.

A gerente Carla afirmou que a maioria dos casos não serão descobertos em aeronaves e aeroportos, mas nos municípios onde os passageiros vivem. "O ponto de entrada serve como ponto de alerta e detecção, mas tem muito mais a função de alertar."

Carla afirmou que a principal dúvida das empresas é com relação ao fluxo da aeronave com passageiro com sintoma a bordo: como se daria a comunicação e o atendimento ao viajante.

De acordo com a gerente da Anvisa, as máscaras deverão ser usadas apenas em aeronaves onde há passageiros com sintoma a bordo. Os resíduos deixados em aeronaves sob suspeita de contaminação deverão ser tratados antes do descarte. Trabalhadores que tiverem contato com a aeronave deverão usar equipamentos de proteção individual.

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Ritmo adequado

O gerente geral da Anvisa afirmou que o governo tem trabalhado no ritmo possível desde a notificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), na sexta-feira. "Acho que estamos trabalhando no ritmo que é possível a gente trabalhar. No México e nos Estados Unidos, desde 18 de março, estão acontecendo casos de interesse interesse internacional que não foram notificados", afirmou.

"Somente fomos alertados na sexta-feira. Temos todo um plano de contingência que foi elaborado em 2005 e 2006 para pandemia aviária. Esse plano está totalmente atualizado", disse. "Acho que a resposta que o governo tem dado é positiva", afirmou.

O gerente geral de portos e aeroportos, Paulo Coury, disse que dois casos suspeitos em São Paulo não foram confirmados. "Dois casos que aconteceram aqui em São Paulo, um era sinusite e outro era dengue, confirmados."

Ele sugeriu cautela com os números e disse que só trabalha com dados oficiais. "Na realidade temos 104 casos confirmados e sete óbitos confirmados pelo H1N1, de acordo com o Ministério da Saúde. É uma coisa preocupante. É uma pandemia com possibilidade de se tornar inevitável, mas ainda é evitável."

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