Após o presidente americano, Barack Obama, ser criticado pela ausência na manifestação de domingo em Paris que reuniu vários líderes em repúdio aos ataques terroristas na cidade, o Secretário de Estado, John Kerry, afirmou que visitará a França entre quinta-feira e sexta-feira. Em coletiva de imprensa, ele rebateu acusações de suposto pouco envolvimento do país com as autoridades francesas em um momento crítico. O principal representante do país na marcha foi o procurador-geral Eric Holder.
Os Estados Unidos têm estado profundamente envolvidos com a França desde o momento em que houve este acontecimento horrendo disse Kerry em uma coletiva na Índia nesta segunda-feira, onde faz visita de Estado ao primeiro-ministro Narendra Modi. (A questão da ausência) É um pouco de argumentação rasa, acho. O presidente e nossa administração têm coordenado muito proximamente com a França em questão de inteligência e forças de segurança. Para nós, esta relação é uma constante, e continua sendo.
Ao total, 40 líderes mundiais estiveram presentes na marcha entre eles, antigos rivais como o premier israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Os EUA enviaram o procurador-geral Eric Holder e a representante do Departamento de Estado na Europa, Victoria Nuland. A embaixadora americana na cidade, Jane D. Hartley, também esteve presente.
O jornalista Fareed Zakaria, em entrevista à rede CNN, considerou a ausência de Obama, ou a de seu vice, Joe Biden, e de Kerry, um "erro estratégico".
A França é o maior aliado ideológico dos EUA. Seria significativo ter uma autoridade de peso se juntando à marcha. A ausência mostra que o terrorismo islâmico não se limita aos EUA. É uma luta entre o mundo civilizado e um bando de extremistas. Mesmo que os EUA saiam de cena, o mundo civilizado vai se armando.
Um funcionário da Casa Branca que pediu para não ser identificado rebateu críticas, afirmando que os procedimentos de segurança para participar na marcha "distrairiam" a atividade, e que o mundo "ao menos uma vez não se resume ao país".
Kerry chega à França na quinta-feira, após um encontro com a chancelaria iraniana em Genebra e uma visita à Bulgária.
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