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Após eleições, Alemanha tem primeiros negros no Parlamento

A eleição alemã de domingo (22) colocou os primeiros negros, um ator e um químico, e uma muçulmana no Parlamento do país que, além de ser a capital industrial, também se afirma como o centro cultural da Europa. Eles estão entre os 34 deputados de origem imigrante eleitos, contra 21 do último pleito.

Na Alemanha, 19% da população é de imigrantes mas no Parlamento a proporção é bem menor: 5,4% dos deputados vem de famílias não-alemães, segundo o Migration Media Service, um centro de estudos.

Nascido no Senegal o químico Karamba Diaby reconhece que sua eleição foi um fato histórico. Após ganhar uma bolsa de estudos, ele se mudou para a cidade de Halle, na antiga Alemanha Oiental, em 1986, para estudar química no lado comunista do país. Só em 2001, porém, o Diaby recebeu a cidadania alemã. Ele afirma que a prioridade de seu mandato na Câmara dos Deputados terá como prioridade a igual oportunidade de educação no país.

"Toda criança nascida na Alemanha deve ter a chance de ser bem sucedida na escola independente do seu contexto cultural ou da renda de seus pais", disse ele, que tem 51 anos.

Seu partido, o Social Democrata, teve 25,7% dos votos e é provável que faça algum tipo de aliança com a União Democrata Cristã de Angela Merkel.

Vem da legenda da chanceler reeleita o ator Charles M. Huber e a muçulmana Cemile Giousouf.

Filho de um diplomata senegalês com uma alemã, Huber tem 56 anos e participou de um famoso filme de ficção científica de 1985, "Inimigo Meu". A história trata de dois inimigos de guerra de raças diferentes cujas naves caem num mesmo planeta e, para se sobreviver, precisam se unir.

Também da União Democrata, Cemile Giousouf, se transformou na primeira parlamentar muçulmana do país. Nascida na Alemanha de pais Gastarbeiter - em sua maioria trabalhadores turcos com visto temporário - ela foi enviada para ser criada por um tio na Grécia e voltou após completar dois anos. Nos dois países viveu como parte da minoria muçulmana.

Marcada pelo passado nazista que acreditava numa raça superior de seres humanos, os arianos, o país registra avanços na tolerância: há três anos, a seleção alemã na Copa do Mundo comoveu o país com um time composto por 11 imigrantes: batizada de "seleção multicultural" ficou em terceiro lugar no campeonato.

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