Um suicida explodiu o veículo em que estava, perto de um mercado lotado no noroeste do Paquistão, matando 49 pessoas. O ataque desta sexta-feira (9) em Peshawar deixou mais de cem feridos e foi o mais mortífero em seis meses no país. Ninguém reivindicou a autoria do ataque até o momento. O Exército local já confirmou que está preparado para uma grande ofensiva no Waziristão do Sul, uma região ao longo da fronteira afegã considerada bastião dos suicidas e outros extremistas no Paquistão. Não foi dada uma data para o início dos ataques.

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Os Estados Unidos pressionam o Paquistão para tomar ações contra os insurgentes que usam o território do país como ponto de partida para ataques no vizinho Afeganistão. O Exército paquistanês já realizou algumas ofensivas no noroeste neste ano, mas os insurgentes respondem com vários atentados suicidas. O ministro de Interior, Rehman Malik, afirmou que após o ataque desta sexta-feira, o país "não tem opção a não ser realizar uma operação no Waziristão do Sul".

No início da semana, um suicida do Taleban matou cinco pessoas em um atentado no escritório do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) na capital, Islamabad. Duas semanas atrás, outro atentado matou 11 pessoas em Peshawar. Malik disse que as autoridades já prenderam um homem acusado de envolvimento no atentado contra a instalação da ONU. Ele não deu mais detalhes

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Operações

O Exército do Paquistão já realizou três operações no Waziristão do Sul desde 2001, mas sempre teve que abandonar suas investidas por causa da dura resistência. No ano passado, os EUA começaram a realizar ataques com mísseis na área, e o Paquistão lança morteiros, porém não houve operação por terra.

Um dos ataques aéreos dos EUA na região matou em agosto o chefe do Taleban no Paquistão, Baitullah Mehsud. O grupo desde então apontou um novo líder, Hakimullah Mehsud. Ele já ameaçou realizar atentados suicidas e disse que seus homens repelirão qualquer ação no Waziristão do Sul.