Cenas devastadoras, como a da destruição causada pelos abalos no Japão, dificilmente serão vistas no Brasil. Pelo menos é o que indica o sismólogo Lucas Vieira Barros, coordenador do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB).

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O profissional atribui a relativa segurança do solo brasileiro à sua formação. Diferentemente do Japão, o país não possui em seu território encontro de placas tectônicas, principal causa de tremores de maior intensidade.

Apesar disso, Barros aponta que o país é afetado por uma série de terremotos todos os anos, mas todos de baixa e média intensidade. "O Brasil fica em uma área de comodidade porque está inserido em uma única placa tectônica. Os tremores que são sentidos aqui surgem nas bordas dessa placa [em território oceânico]. Ou seja, o terremoto acontece no mar e a energia avança pela superfície como se fosse um elástico. Quando encontra uma falha na estrutura desta placa, causa um abalo", diz. "Embora os terremotos ocorram, por estas características, nunca serão tão intensos quanto o que atingiu o Japão."

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Foi o que aconteceu em Goiás no último ano. Em outubro, o estado sofreu um tremor de magnitude 4,6, que pode ser sentido em prédios localizados em Brasília, a 250 quilômetros de distância, destaca o sismólogo. Até mesmo o Paraná já foi acometido pelas forças naturais. Em 2008, a cidade de Telêmaco Borba sentiu abalos sísmicos de magnitude 5,2 – uma das maiores registradas Brasil. Em ambos os casos, não houve vítimas ou grandes prejuízos materiais.

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