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Eleições nos EUA

Campanha de McCain reforça que o candidato republicano não é Bush

Estratégia adotada por McCain vem surtindo efeito e arrancando aplausos, como no comício realizado na Pensilvânia, nesta terça | Carlos Barria / Reuters
Estratégia adotada por McCain vem surtindo efeito e arrancando aplausos, como no comício realizado na Pensilvânia, nesta terça (Foto: Carlos Barria / Reuters)

Atacar o presidente George W. Bush. Esta parece ter sido a estratégia eleita para as últimas duas semanas de campanha republicana para fazer com que o candidato John McCain consiga reverter a vantagem de Barack Obama nas pesquisas de opinião, destaca o jornal "Washington Post" na edição desta terça-feira (21).

A cada comício da campanha presidencial, McCain está reforçando a linha adotada no último debate contra Obama antes da eleição de 4 de novembro. "Eu não sou Bush", disse ele diante de milhões de telespectadores direto de Long Island. Em um comercial que começou a circular na semana passada, o senador republicano McCain encara o eleitor e faz a pergunta que poderia muito bem ter sido disparada por seu oponente: "Os últimos oito anos não foram muito bem, não é?"

Oito anos atrás, quando disputava com Bush a indicação republicana para a eleição presidencial, McCain já criticava a política econômica pregada pelo oponente dentro do partido. Agora, ele precisa deixar bem claro para o eleitor que está rompido com o atual governo, de acordo com os seus estrategistas.

O principal ponto atacado por McCain nas últimas semanas é a crise financeira, um tema considerado fundamental por grande parte dos eleitores no momento da decisão do voto. O candidato republicano vem criticando a forma como o governo Bush lidou com a crise. Segundo ele, a Casa Branca está mais preocupada em "proteger os bancos" do que evitar que os americanos percam suas casas por não ter como honrar seus compromissos financeiros.

"Estou muito aborrecido com o fato de o governo não ter feito o que tem que fazer", disse McCain durante um encontro com a comunidade judaica no último domingo.

A estratégia tem arrancado aplausos bastante entusiasmados nos comícios republicanos, o que mostra que o distanciamento do governo Bush não era visto como suficiente por boa parte dos eleitores, afirma o "Post". Um assessor da campanha afirmou ao jornal que os republicanos precisam contra-atacar as "dezenas de milhões de dólares" da operação de Obama para veicular a idéia de que McCain é um "clone" de Bush. Na peça publicitária, os democratas destacam que McCain votou 90% das vezes do lado de Bush no Congresso.

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