O chefe do governo de Hong Kong, Leung Chun-ying, pediu desculpas nesta terça-feira (28) por causa das polêmicas declarações em que dizia que as eleições livres na ex-colônia britânica abririam espaço para um governo "para pobres", em meio aos protestos democráticos que completam hoje um mês.

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Leung disse lamentar que suas afirmações tenham causado "mal-entendidos e preocupações entre o povo", segundo a imprensa local.

No último dia 21, em entrevista à mídia internacional, Leung tentou explicar as razões de Hong Kong não possuir um sistema eleitoral totalmente aberto. Ele argumentou que se isso ocorresse, a política local seria populista e estaria focalizada em atender os mais pobres.

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"Seria um jogo de números. E então obviamente estaríamos falando com as pessoas de Hong Kong que ganham menos de US$ 1.800 por mês", afirmou aos jornais americanos "Financial Times", "Wall Street Journal" e "New York Times".

As declarações, aliadas ao uso da força pela polícia contra os protestos democráticos que bloqueiam os bairros de Admiralty e Mong Kok desde o final de setembro, tiveram impacto na popularidade do governo local, uma das menores da história.

Segundo pesquisa divulgada hoje pelo jornal "South China Morning Post", Leung é aprovado por menos de 50% dos entrevistados.

Os manifestantes que acampam há um mês nos arredores da sede do governo de Leung pedem sua renúncia e a instauração de eleições livres com candidatos independentes para o pleito de 2017.

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