Soldados russos esperam ordem suprema para saída da Georgia, enquanto isso descansam e monitoram terreno| Foto: Adrees Latif / Reuters

O Conselho de Segurança da ONU discute nesta terça-feira (19) uma proposta de resolução em que o Ocidentepede à Rússia que recue imediatamente para as posições prévias ao recente conflito.

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O texto, apresentado aos participantes logo antes da reunião, também pede a volta das tropas georgianas aos seus quartéis e a implementação imediata do cessar-fogo já assinado por ambas as partes.

A Rússia e possivelmente outros países devem se opor à proposta, segundo diplomatas ocidentais.

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O texto, redigido pela França após contato com outros governos, cita "a integridade territorial da Geórgia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas".

A crise começou em 7 de agosto, quando a Geórgia enviou tropas para tentar reassumir o controle da Ossétia do Sul, uma província separatista e etnicamente distinta que desde 1991 já goza de autonomia sob proteção de Moscou.

Moscou reagiu enviando seus próprios soldados para ocupar não só a Ossétia do Sul, como parte da Geórgia propriamente dita. Na semana passada, a França conseguiu mediar um cessar-fogo.

Depois de consultas a portas fechadas, houve uma reunião formal em que altos-funcionários da ONU prestaram esclarecimentos sobre a situação na Geórgia. Diplomatas ocidentais disseram que a resolução não deve ser votada na terça-feira.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse na terça-feira que a resolução deveria incluir o texto do plano de paz francês. Segundo assessores, ele conversou por telefone sobre a resolução com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

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Alguns tanques e blindados russos deixaram na terça-feira a cidade georgiana de Gori, mas a Otan disse que suspenderá seus contatos com Moscou até que todas as forças russas deixem a Geórgia.

O Kremlin disse na terça-feira que as tropas russas recuarão até dia 22 para as posições prévias ao conflito.

Mas, pouco antes da reunião do Conselho, o embaixador-adjunto da França, Jean-Pierre Lacroix, disse: "Estamos muito preocupados [porque a retirada] ainda não aconteceu, e vamos discutir isso no Conselho".

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