A Coréia do Norte cumpriu sua ameaça e iniciou a reforma de suas instalações nucleares, informou nesta quarta-feira (3) o governo sul-coreano. Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul informou que acompanha de perto o desdobramento, assim como os demais países envolvidos nas negociações com a Coréia do Norte (China, Estados Unidos, Japão e Rússia), para decidir como responder. Mais cedo, a emissora pública japonesa de televisão NHK e a agência de notícias Kyodo haviam informado que a Coréia do Norte havia começado nesta terça a reconstruir a usina de Yongbyon, dias depois da suspensão dos trabalhos de desmantelamento da estrutura.
Os Estados Unidos minimizaram o anúncio ao afirmarem que aparentemente os norte-coreanos apenas retiraram equipamentos de armazéns. Na semana passada, a Coréia do Norte informou que havia parado de desmantelar sua central nuclear, porque os EUA não cumpriram totalmente sua parte no tratado de desarmamento - Washington não retirou o regime comunista da sua lista de países patrocinadores do terrorismo. Ao mesmo tempo, a Coréia do Norte ameaçou remontar seus reatores e o programa nuclear. Funcionários americanos e sul-coreanos dizem que levará pelo menos um ano para o Norte colocar novamente em funcionamento os reatores, que foram totalmente desmontados.
Em Washington, o Departamento de Estado disse que a Coréia do Norte não começou a reconstruir o reator de Yongbyon, que fabricava plutônio. "Nosso entendimento é que os norte-coreanos começaram a movimentar equipamentos que antes tinham armazenado na região. Baseados no que sabemos sobre relatos obtidos no local, não existe um esforço para reconstruir e reinstalar esse equipamento no reator", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.
Segundo ele, a informação partiu de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que estão em Yongbyon. Questionada sobre a situação na Coréia do Norte, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse: "Nós esperamos que a Coréia do Norte cumpra suas obrigações. Nós certamente cumpriremos as nossas.
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