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Dezenas de pessoas participaram na tarde desta sexta-feira (1.º), no centro de Curitiba, de uma manifestação contra a ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou a morte de mais de 1,5 mil palestinos e 63 israelenses. Este é o segundo ato realizado na capital paranaense que pede o fim do conflito na região. No mês passado, um grupo se reuniu em frente ao Memorial Árabe e fez um minuto de silêncio pelos mortos no embate.
Nesta sexta-feira, o grupo se concentrou em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e seguiu até a Boca Maldita, na Rua XV de Novembro. O encontro reuniu representantes das comunidades árabe e palestina, entidades sociais e demais pessoas que são contra a batalha no Oriente Médio. "A gente percebe que a imprensa, de uma maneira geral, está tratando como uma guerra o que na verdade é um genocídio. Então organizamos este ato, sem conotação religiosa ou política, para mostrar à população o que realmente está acontecendo", explica Gamal Oumairi, diretor religioso da sociedade beneficente muçulmana do Paraná e um dos organizadores da marcha.
O conflito na região, em sua forma mais agressiva, tem mais de três semanas. Israel lançou sua ofensiva em Gaza, enclave dominado pelo Hamas, em 8 de julho, realizando bombardeios em resposta a um surto de ataques contra seu território. Desde então, autoridades de Gaza dizem que pelo menos 1.509 palestinos, a maioria civis, foram mortos e 7 mil ficaram feridos. Do lado de Israel, 63 soldados perderam a vida e mais de 400 se feriram. Três civis morreram devido a foguetes disparados por palestinos contra Israel.
Entram neste cálculo as mortes de 50 palestinos nesta sexta-feira (1º), causadas após a violação de um cessar-fogo que durou poucas horas. Israel acusou militantes de violarem a trégua mediada pelos Estados Unidos e pela ONU ao dispararem foguetes e projéteis de morteiros contra o seu território.
A trégua, que deveria durar 72 horas, anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi a tentativa mais ambiciosa até agora de encerrar mais de três semanas de combate, e se seguiu a uma crescente pressão internacional por causa do grande número de palestinos mortos.
Sequestro de israelenses foi estopim
O estopim para esta nova escalada de violência na região de Gaza foi o sequestro de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no dia 12 de junho, cometido por palestinos. Os corpos das vítimas foram encontrados 18 dias depois do sequestro, com marcas de tiros.
Por acreditar que a autoria dos crimes seja do grupo islâmico Hamas, o governo israelense iniciou então operações militares para tentar desmantelar o grupo. No início, milhares de moradores de Gaza fugiram em busca de refúgio em abrigos da ONU após ficarem sem suas casas por causa da ofensiva. "Não é possível que judeus e palestinos, que são irmãos, mantenham esse ódio, esse ranço eterno. Até quando isso? Quantas vidas mais terão de ser ceifadas para que haja paz na região?", questionou Oumairi. Para o diretor religioso, os ataques organizados por Israel significam uma tentativa de aniquilar a população de Gaza. "Não tem outro motivo. A gente percebe que é realmente uma formar de tentar eliminar quem ainda vive ali", completa.
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