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Pressão internacional

De volta ao trono, rei saudita lança reformas

Sauditas se aglomeram em aeroporto para receber o rei Abdullah | Saudi Press Agency/Handout/Reuters
Sauditas se aglomeram em aeroporto para receber o rei Abdullah (Foto: Saudi Press Agency/Handout/Reuters)

Riad - O rei Abdullah voltou à Arábia Saudita ontem, depois de três meses se recuperando no Mar­rocos de uma cirurgia de hérnia de disco. Na chegada, anunciou um pacote de reformas econômicas e sociais estimado em US$ 38,7 bilhões, ou 145 bilhões de riais (moeda saudita).

Destinado a prevenir protestos como os que têm acontecido em outros países árabes, o pa­­cote inclui subsídios para ha­­bitação, auxílio-desemprego, distribuição de recursos à po­­pulação para compensar a in­­flação e bolsas para jovens sauditas que queiram estudar no exterior.

"As medidas dão atenção em particular para habitação, de­­semprego, educação e ajuda à maioria dos sauditas, que trabalham para o setor público, para se proteger das pressões do custo de vida. Os benefícios do auxílio-desemprego são inéditos na Arábia Saudita. A mensagem do rei Abdullah é de que ele está ciente dos desafios diante da economia e as medidas estão sendo adotadas para tratar de questões imediatas e de médio prazo", comentou o economista-chefe do Banque Saudi Fransi, John Sfakinakis.

Bahrein

Dentre as rebeliões nos países árabes, a que mais preocupa a monarquia saudita é a do Bahrein – uma monarquia que faz parte da Conselho da Cooperação do Golfo, entidade que reúne os países árabes do Golfo Pérsico. Além da própria Arábia Saudita, maior produtora mundial de petróleo, muitos destes países produzem petróleo e são membros da Orga­­nização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Uma interrupção no suprimento do petróleo que sai do Golfo poderia tornar os atuais preços do barril do petróleo, ao redor de US$ 100. Os preços do petróleo saltaram nesta semana por causa da revolução popular na Líbia, que é uma das maiores produtoras de petróleo.

Embora os analistas descartem, em grande parte, que os protestos em larga escala que têm ocorrido no Norte da África, no Bahrein e no Iêmen cheguem à Arábia Saudita, ao Catar e aos Emi­­rados Árabes Unidos, eles alertam que os governantes precisam prestar atenção aos pedidos por reformas feitos pelos ma­­nifestantes e os jovens.

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