Ahmadinejad pede que líderes árabes respeitem manifestantes
Teerã - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, cujas forças de segurança reprimiram protestos contra sua reeleição em 2009, condenou hoje a brutalidade do Estado contra manifestantes líbios que pedem o fim do regime do ditador Muammar Gaddafi.
Falando pela primeira vez sobre a revolta árabe que atinge diversos países, Ahmadinejad expressou horror pelo uso de violência extrema e pediu aos governos para que escutem seu povo. "Como pode um líder sujeitar seu próprio povo a uma chuva de metralhadoras, tanques e bombas? Como pode um líder bombardear seu próprio povo, e depois dizer "matarei qualquer um que diga qualquer coisa?", questionou.
As declarações do presidente iraniano ocorrem após manifestantes líbios terem relatado que foram atacados por tanques e aviões de guerra. Gaddafi afirmou que os manifestantes merecem a sentença de morte e prometeu morrer como um mártir do que renunciar.
"Eu seriamente quero que todos os chefes de Estado prestam atenção a seu povo e cooperem, sentem e conversem, e ouçam a suas palavras", disse Ahmadinejad.
Folhapress
Riad - O rei Abdullah voltou à Arábia Saudita ontem, depois de três meses se recuperando no Marrocos de uma cirurgia de hérnia de disco. Na chegada, anunciou um pacote de reformas econômicas e sociais estimado em US$ 38,7 bilhões, ou 145 bilhões de riais (moeda saudita).
Destinado a prevenir protestos como os que têm acontecido em outros países árabes, o pacote inclui subsídios para habitação, auxílio-desemprego, distribuição de recursos à população para compensar a inflação e bolsas para jovens sauditas que queiram estudar no exterior.
"As medidas dão atenção em particular para habitação, desemprego, educação e ajuda à maioria dos sauditas, que trabalham para o setor público, para se proteger das pressões do custo de vida. Os benefícios do auxílio-desemprego são inéditos na Arábia Saudita. A mensagem do rei Abdullah é de que ele está ciente dos desafios diante da economia e as medidas estão sendo adotadas para tratar de questões imediatas e de médio prazo", comentou o economista-chefe do Banque Saudi Fransi, John Sfakinakis.
Bahrein
Dentre as rebeliões nos países árabes, a que mais preocupa a monarquia saudita é a do Bahrein uma monarquia que faz parte da Conselho da Cooperação do Golfo, entidade que reúne os países árabes do Golfo Pérsico. Além da própria Arábia Saudita, maior produtora mundial de petróleo, muitos destes países produzem petróleo e são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Uma interrupção no suprimento do petróleo que sai do Golfo poderia tornar os atuais preços do barril do petróleo, ao redor de US$ 100. Os preços do petróleo saltaram nesta semana por causa da revolução popular na Líbia, que é uma das maiores produtoras de petróleo.
Embora os analistas descartem, em grande parte, que os protestos em larga escala que têm ocorrido no Norte da África, no Bahrein e no Iêmen cheguem à Arábia Saudita, ao Catar e aos Emirados Árabes Unidos, eles alertam que os governantes precisam prestar atenção aos pedidos por reformas feitos pelos manifestantes e os jovens.
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