Mulher somali com o seu filho doente em acampamento improvisado pela ONU| Foto: Roberto Schmidt/AFP

Genebra - Funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram ontem que a Somália, devastada pela fome, agora enfrenta uma epidemia de cólera, provocada pela água suja e a falta de saneamento. Os casos de diarreia aguda – um importante sinal do risco do cólera – são de 4.272 na Somália, um crescimento de 11% sobre a semana passada, quando foram registrados 3.839 casos.

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O conselheiro de saúde pública da OMS, Michel Yao, disse que o número de casos de cólera na Somália aumentou drasticamente, com a confirmação em laboratório de 18 casos em 30 amostras recolhidas nos últimos dias de pessoas que vivem na capital Mogadíscio.

Yao disse que a taxa de infecção de 60% verificada nas amostras confirma que existe um "al­­to risco" de que a doença se espalhe rapidamente pelo país do leste africano. "Então, podemos dizer que temos uma epidemia", observou.

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A porta-voz da OMS, Fadela Chaib, informou que alguns ca­­sos de cólera foram confirmados na Somália na semana passada e que também existe um surto de diarreia crônica.