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O chanceler do Irã se reuniu na quinta-feira com representantes dos Estados Unidos e de outros países do Conselho de Segurança da ONU atualmente envolvidos na discussão de novas sanções ao programa nuclear da República Islâmica.

Os embaixadores de Estados Unidos, Grã-Bretanha e França não compareceram ao jantar oferecido pela missão diplomática do Irã na ONU, com a presença do chanceler Manouchehr Mottaki. Esses países, no entanto, enviaram diplomatas de menor escalão -- no caso norte-americano, o embaixador-adjunto Alejandro Wolff.

Um diplomata do Conselho disse que a maioria dos outros 12 membros do Conselho de Segurança enviou seus embaixadores ao jantar, realizado na residência do embaixador iraniano. Jornalistas viram o embaixador chinês na ONU, Li Baodong, chegar ao local.

Os EUA não têm relações diplomáticas com o Irã, e raramente participam de reuniões com representantes iranianos fora da sede da ONU.

Uma fonte oficial dos EUA disse, sob anonimato, que Washington decidiu enviar um representante porque viu nisso "uma oportunidade para o Irã mostrar ao Conselho que está preparado a jogar conforme as regras e cumprir suas obrigações".

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de violar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) para tentar desenvolver armas atômicas. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades de enriquecimento de urânio.

"O Irã já teve muitas oportunidades de provar a natureza pacífica do seu programa nuclear", disse a fonte dos EUA. "Esta reunião é mais uma indicação de até aonde os iranianos vão para defender sua posição. Eles claramente reconhecem que os atuais esforços no Conselho de Segurança e em outros lugares os estão isolando e prejudicando."

Outro diplomata ocidental disse que o evento é prova de que o Conselho mantém sua "dupla abordagem" em relação ao Irã - negociações em conjunto com a ameaça de sanções. "Queremos continuar conversando", disse o diplomata.

Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, que têm poder de veto no Conselho de Segurança, têm discutido, junto com a Alemanha, uma resolução proposta por Washington para impor uma quarta rodada de sanções ao programa nuclear iraniano.

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