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Um britânico e uma norueguesa disseram ter visto no Marrocos a menina britânica desaparecida Madeleine McCann, informaram jornais ingleses. A criança, que sumiu no dia 3 de maio, em Portugal, teria sido vista em Marrakesh. De acordo com um amigo da família, os pais de Madeleine, que são considerados suspeitos, estão "furiosos" com o fato de a polícia portuguesa não ter seguido essa pista.
O turista britânico entrou em contato com a polícia portuguesa para dizer que tinha visto uma menina que se parecia muito com Madeleine num posto de gasolina da região, informam neste domingo os tablóides "Sunday Mirror" e "News of the World".
O testemunho do homem coincide com o da turista norueguesa Marie Pollard, que se disse convencida de que viu Madeleine no Marrocos. Aos jornais, a turista norueguesa se disse surpresa com o fato de que, mais de quatro meses depois do sumiço da menina, a polícia ainda não tenha lhe feito qualquer pergunta.
- Se esta outra pessoa também viu Madeleine, reforça o que eu mesma vi e demonstra que não estou ficando louca - disse Marie, que vive com seu marido britânico no sul da Espanha.
Um amigo da família disse que para os pais da menina esses testemunhos são vitais.
- O casal acha que a informação das duas testemunhas é crucial e deveria ter vindo a público imediatamente - disse o amigo dos McCann, não identificado.
A polícia portuguesa aponta inconsistências na versão apresentada pelos pais de Madeleine, e ouviu o depoimento de um amigo da família, que fez a reconstituição do dia do desaparecimento de Maddie. A amigos, os McCann disseram na sexta-feira que estão dispostos a passar por detectores de mentira para "recuperar sua reputação".
Madeleine estaria acompanhada por homem e perguntava pela mãe
As testemunhas que disseram ter visto a menina no Marrocos contaram que, acompanhada de um homem, ela perguntava onde estava sua mamãe. O turista britânico, que não é identificado pela imprensa, estava hospedado num hotel da rede Ibis, o mesmo no qual a visitante norueguesa estava com seu marido.
O hotel fica próximo ao posto de gasolina onde a menina teria sido vista pela norueguesa. Marie disse que, no dia em que viu a menina, ainda não sabia do desaparecimento de Madeleine.
- A menina me chamou a atenção imediatamente. Ela tinha os cabelos louros e um rosto muito simpático. Vestia um pijama azul com flores rosas e brancas na camisa, se não me engano - afirmou aos jornais a norueguesa, que havia ido comprar água mineral na loja de conveniência quando viu a menina.
- Do lado dela havia um homem. Ela parecia triste e como se estivesse perdida. O homem tinha entre 35 e 40 anos, cabelo castanho escuro, e não parecia seu pai - acrescentou Marie. - Ela me olhou e depois disse ao homem algo como 'Vou poder ver minha mãe logo?'.
Marie conta que ligou para a polícia portuguesa no dia seguinte, mas que só dez dias depois telefonaram de volta para pedir detalhes, ainda assim, porque disse à imprensa o que tinha visto.
- Um funcionário da Interpol me telefonou e me perguntou algumas coisas, e isso foi tudo - declara a testemunha.
Por sua vez, um amigo da família disse ao "Sunday Mirror" que a polícia portuguesa está seguindo uma teoria totalmente extravagante: a de que os pais de Madeleine enterraram a menina perto de Fátima. Os McCann, que visitaram esse santuário português 20 dias depois do desaparecimento da filha, estão estupefatos com essa nova história, segundo a publicação.
Os pais de Madeleine foram considerados suspeitos pela polícia portuguesa no inquérito entregue este mês ao Ministério Público português. Vestígios de sangue e cabelos encontrados no carro alugado pelos McCann após o desaparecimento da filha reforçam a tese da polícia de que ela foi morta acidentalmente pelos pais.
Kate e Gerry McCann recorreram a diversas personalidades na campanha pelas buscas por Madeleine. Católicos, os dois médicos de 39 anos foram abençoados pelo Papa Bento XVI, receberam apoio do jogador de futebol David Beckham e a ajuda financeira para o fundo criado em nome da menina.