O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou neste sábado um vídeo na internet com a decapitação de um suposto rebelde sírio que trabalhava para os serviços secretos da Jordânia.
Na gravação, cuja autenticidade não pôde ser verificada, a vítima, que se identifica como Hosam Ibrahim Yigara, responde a uma série de perguntas dos extremistas, que são colocadas no vídeo com mensagens escritas.
Yigara diz que é natural de Tibet al Imam, na província central síria de Hama, e que foi capturado pelos radicais no dia 7 de setembro de 2014. Ele também informa que é membro de uma brigada do rebelde Exército Livre Sírio (ELS) e que trabalhava para a Inteligência jordaniana.
Após o questionário, Yigara é conduzido por um combatente encapuzado do EI a um lugar no campo, onde é decapitado.
O vídeo, de um minuto e 45 segundos de duração, foi divulgado pelo escritório de informação dos extremistas, que fica onde chamam de província de Al Jair, que corresponde a parte da província síria de Deir ez Zor. O EI criou suas próprias divisões administrativas em seu "califado", que abrange Síria e Iraque.
Os radicais divulgaram o vídeo enquanto os governos de Japão e Jordânia dependem das negociações para libertar dois reféns de ambos os países, o jornalista japonês Kenji Goto e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, em mãos do EI na Síria.
Os jihadistas exigiram na quinta-feira que fosse entregue antes do "pôr do sol, no horário de Mossul (Iraque)" a extremista Sayida al Rishawi, presa na Jordânia, em troca da liberdade de Goto e da vida do piloto.
Amã concordou trocar Al Rishawi pelos dois reféns, mas a troca de prisioneiros foi aparentemente interrompida porque a Jordânia exigiu do EI uma prova de vida do piloto jordaniano para cumprir a exigência de libertar a terrorista, condenada à morte em 2005.
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